LONDRINA, PR – A Justiça de Londrina, no norte do Paraná, acatou as denúncias do Ministério Público (MP-PR) contra treze investigados em um esquema de corrupção para mudanças de zoneamento e Estudos de Impacto de Vizinhança (EIVs) na cidade.
A denúncia foi apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e recebida pelo juiz Délcio Miranda da Rocha, da 2ª Vara Criminal de Londrina, que determinou que os réus terão dez dias para apresentar defesa prévia.
Os vereadores afastados Rony Alves (PTB) e Mário Takahashi (PV) estão entre os acusados, bem como Ignês Dequech, ex-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), e Cleuber Brito, ex-secretário do Meio Ambiente.
Os réus respondem por crimes como organização criminosa e corrupção ativa e passiva.
O juiz afirmou que as acusações estão amparadas por “provas e indícios colhidos por meio de procedimento investigatório criminal (…). Podendo-se citar, como justificativa, provas advindas da interceptação telefônica, captação ambiental de som, as declarações prestadas pelo colaborador e testemunhas, as apreensões de valores e objetos e a prova documental juntada”.
DENÚNCIA
Apresentada em 9 de fevereiro, a denúncia apresentou 15 fatos criminosos e apontou que os líderes da organização criminosa seriam Takahashi, até então presidente da Câmara, e Rony Alves. No Executivo, o grupo teria o apoio de Ossamu Kaminagakura, responsável pelo setor de loteamentos da prefeitura.
Além das já citadas, outras sete situações são investigadas: duas já foram arquivadas e outras cinco continuam nas mãos do Gaeco e podem dar origem a uma nova fase da operação, denominada Zona Residencial 3 (ZR3).