Mãe não consegue transferir corpo da filha assassinada

Derick Fernandes
2 min de leitura
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DIÁRIO 24H
APUCARANA

Depois de passar 72 dias em busca da filha desaparecida, Elenita Lopes descobriu que a jovem, de 23 anos, havia sido assassinada. O corpo foi encontrado mutilado e decapitado ao lado do cadáver de um homem de 50 anos. Ambos foram enterrados em covas rasas em um cafezal.

Os crimes foram descobertos em setembro, quando os assassinos desenterraram os corpos e os jogaram em um poço. Os envolvidos foram pegos em flagrante com ferramentas e carrinhos de mão. Marcos Rafael Bota, de 29 anos, e o namorado da vítima, Rogério de Souza Bernardino, de 30, foram presos. Além deles, César Henrique dos Santos Ferrari, de 24, traficante e mandante do crime, foi detido em Sarandi.

A investigação concluiu que o intuito dos assassinatos era intimidar os clientes de César Ferrari.

DIGNIDADE

Após passarem quase dois meses no Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana, a Justiça determinou que as vítimas fossem enterradas como indigentes.

Elenita Lopes, mãe da jovem, participou do enterro e sepultamento. Ela afirma querer que a filha seja enterrada com dignidade. “Sepultada ela está, mas está dentro de um saco de lixo em um caixão quebrado”, diz. O desejo de Elenita é que o corpo da filha fique no jazigo da família.

OBSTÁCULOS

Sem a confirmação de exames do Instituto de Criminalística, os corpos não podem ser transferidos de cemitério. O prazo para que os resultados saiam podem chegar a um ano.

O delegado que investigou o caso, José Aparecido Jacovós, teme que o esforço da investigação tenha sido em vão. “A demora no encaminhamento dos exames médicos é um fator prejudicial ao andamento da instrução processual, que já está em regime de ação penal”, explica.

Caso a confirmação não chegue, é possível que os suspeitos saiam em liberdade.

 

 

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