Manifestação de indígenas paralisou duas das principais avenidas de Londrina

Derick Fernandes
3 min de leitura
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Os índios da cidade de Londrina, no norte do Paraná, fizeram um protesto no final da manhã desta quinta-feira (18) no cruzamento das avenidas Juscelino Kubitschek e Duque de Caxias, na região central da cidade. A reivindicação tem como alvo o Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pela Copel e pela Eletrosul, e responsável pela Usina de Mauá, localizada no Rio Tibagi, entre os municípios de Ortigueira e Telêmaco Borba.

Na época da inauguração da usina, em dezembro de 2012, cerca de 2,8 mil hectares de mata nativa foram derrubados para a construção. Em 2011, um acordo de compensação ambiental foi firmado, dando autorização para o início das obras. O acordo é estabelecido pelo artigo 17 da Lei da Mata Atlântica, na qual “ficam condicionados à compensação ambiental, na forma da destinação de área equivalente à extensão da área desmatada, com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica”. Segundo os indígenas, partes do acordo não estão sendo cumpridos.

No período em que os indígenas interromperam o fluxo de carros nas avenidas, algumas confusões aconteceram entre eles e os motoristas. Um motociclista avançou o bloqueio e foi agredido pelos manifestantes. Outro popular que estava dentro de um posto de combustíveis discutiu com uma índia, que alega que foi agredida no rosto, e também foi atacado pelo grupo. A paralisação da via durou aproximadamente uma hora.

Confira a nota divulgada pelo consórcio:
O Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (integrado por Copel e Eletrosul) investiu nos últimos cinco anos mais de R$ 32 milhões em projetos de apoio às atividades agropecuárias, articulação de lideranças indígenas, vigilância e gestão territorial, recuperação de áreas degradadas e proteção de nascentes, melhoria da infraestrutura, fomento à cultura e às atividades de lazer, monitoramento da fauna e da qualidade da água nas comunidades indígenas.

Essas ações estão reunidas em um programa de compensação, aprovado pelos índios e pela Funai em 2012, e que permanece em pleno andamento.
A manifestação de hoje causa surpresa pois, durante todo esse período, o Consórcio vem reiterando o compromisso de cumprimento integral do programa naquilo que ainda resta ser realizado e mantendo aberto o diálogo com as comunidades.

(Com informações da Paiquerê)

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