MP investiga presença de tigre e jiboia em casa noturna de Curitiba

Redação
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CURITIBA, PR – A Promotoria de Proteção do Meio Ambiente, do Ministério Público do Paraná (MP-PR) investiga uma casa noturna de Curitiba suspeita de ter usado um tigre e uma jiboia durante uma festa temática no último sábado (10). O evento aconteceu no centro da cidade, e o caso veio a tona após denúncias publicadas nas redes sociais por algumas pessoas que estavam na boate.

Conforme o MP, já foram instaurados procedimentos investigatórios para apurar o fato. O órgão também pediu informações ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e ao Batalhão Ambiental da Polícia Militar para verificar a informação e os laudos de vistorias. Segundo o MP, se ficar comprovado a presença dos animais na festa, a casa noturna pode responder por crime ambiental.

Desde 2007 é proibida a utilização de animais em apresentações circenses ou espetáculos semelhantes. A lei prevê que o estabelecimento que descumprir a regra pode ter a licença cancelada e pagar multa de até R$ 3 mil.

 

Segundo um dos frequentadores do local, a cobra estava logo na recepção do evento. “Era uma daquelas cobras que o pessual usa em festas de dança do ventre” contou ao jornal “Gazeta do Povo”. O homem, que prefere não se identificar, diz que não chegou a ver o tigre. “Me falaram que estava no lounge, mas não cheguei a ir ver o bicho”.

O uso de celulares é proibido na casa noturna, mas mesmo assim, algumas fotos dos animais circularam na internet. Em uma delas, é possível ver o tigre dentro de uma jaula, possivelmente sedado. Em outras imagens, pessoas posam ao lado da jiboia. Em um comentário, uma pessoa afirma que o tigre estava dopado, mas que quando o efeito do tranquilizante começou a passar, o felino passou a rugir e precisou ser tirado da festa em seguida.

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Foto: Reprodução

Conforme a Prefeitura de Curitiba, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, fiscais da Rede de Proteção Animal foram até o estabelecimento e notificaram a casa noturna, que deve ser convocada a esclarecer os fatos relatados na denúncia enviada ao Ministério Público, além das imagens publicadas nas redes sociais.

Os proprietários podem responder por crime ambiental, além do processo administrativo, caso fique comprovado o uso desses animais para entretenimento. A administração da casa noturna não se manifestou oficialmente.

 

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