A polícia prendeu Caroline Carillho Correira, de 29 anos, acusada de matar o filho de três anos de idade em um terreno baldio do bairro Riviera, na divisa entre Curitiba e Campo Largo, na região metropolitana da capital. A mulher foi levada na manhã desta quarta-feira (30) para a Central de Flagrantes, mas segue sob observação médica no Hospital do Trabalhador, e será levada à carceragem após ter alta.
A mulher foi detida enquanto tentava suicídio após o crime. Ela cortou os pulsos e se jogou em um rio nas proximidades da BR-277. O resgate foi feito pela Polícia Rodoviária Federal, que acionou a ambulância para levá-la ao hospital. Toda essa situação e a morte do garoto aconteceram nesta terça-feira (29).
Segundo a investigação, a mulher asfixiou o garoto até a morte. O corpo do bebê foi encontrado bem vestido e dentro de um saco de lixo. No momento em que foi resgatada, a mulher confessou o assassinato da criança. O pai do menino entrou em estado de choque ao receber a notícia.
O delegado Nasser Salmen, responsável pelo flagrante, contou que o pai esteve na DP mas pediu para não ser ouvido. “Ele estava tão abalado emocionalmente, que preferi aceitar o pedido dele, especialmente em razão do luto. Eu relevei para que ele venha aqui e dê seu depoimento em um momento oportuno”, disse.
A polícia cogitou fazer a apreensão do celular dele. Mas o delegado detalhou que percebeu que todo o momento ele olhava o celular e chorava ao ver fotografias da criança. “Ele estava chorando muito, então eu também relevei esse momento”, disse Salmen.
O casal estava junto há oito anos. Há rumores sobre a motivação do crime por parte da mãe da criança, mas a polícia está investigando e não deu mais detalhes sobre o que pode ter acontecido.
ENCONTRADA
Foram agentes da PRF que tiveram o primeiro contato com Caroline. Os agentes prestaram depoimento na delegacia, e detalharam como encontraram a mulher e como obtiveram a confissão dela sobre o assassinato do filho. O Siate entrou em contato com a PRF e informou sobre uma mulher que estava tentando suicídio em uma rua acessada pela rodovia, onde passa o rio.
Policiais rodoviários iniciaram uma conversa com ela e conseguiram a confissão. “Os policiais chegaram lá, a ambulância estava saindo, pergunta dali, pergunta de lá, o que a senhora tem, qual seu nome, nome da sua mãe, nisso, em contato com a mãe dela, os policiais souberam que ela tinha um filho. Onde está seu filho? E ela, confessou que tinha matado a criança”, contou Salmen.
DEFESA
A família de Caroline contratou o advogado Igor Ogar para defendê-la das acusações, e informou que ainda não teve contato com a cliente. “Ela está no hospital ,e devido ao estado psicológico, será encaminhada ao Complexo Médico Penal após a alta hospitalar. Ainda é cedo para falarmos sobre tese de defesa. Vamos apurar os fatos, entender o que aconteceu”, disse.