CURITIBA – Com 370 páginas e 21 testemunhas ouvidas, o inquérito do Caso Daniel será entregue à Justiça nesta quarta-feira (21). O delegado Amadeu Trevisan, de São José dos Pinhais, abriu mão de anexar os laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal (IML), pois acredita que autoria e materialidade do crime já estão comprovadas. Ao todo, sete pessoas foram indiciadas pela morte do jogador Daniel Corrêa Freitas, 24.
De acordo com Trevisan, não há mais motivos para segurar o inquérito na delegacia. “Faltam apenas uma ou duas páginas, então acredito que até a tarde ele será entregue. Os laudos depois, que devem ficar prontos na quinta, vão vir para enrobustecer as provas coletadas”, disse.
Os sete indiciados pelo crime são Edison Brites Júnior, que confessou ter matado Daniel; a esposa dele, Cristiana Brittes; a filha do casal, Allana Brittes; os três jovens que estariam no carro que levou Daniel até a Colônia Mergulhão: Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, de 19 anos, David Willian Villero Silva, de 18, e Igor King, de 20; e Eduardo Purkote, que teria envolvimento com as agressões.
Para Trevisan, o homicídio e a ocultação de cadáver já estão esclarecidos. “É um crime bárbaro, que teve tortura física e psicológica, com autoria e materialidade já definidas. O Daniel morreu aos poucos, sendo um pouco no quarto, um pouco na calçada e um pouco no porta-malas. Ele com certeza até ouviu sua sentença dentro do carro”, concluiu o delegado.
Os laudos devem ser entregues na tarde de quinta-feira (22), com apresentação dos resultados à imprensa.
CASO
Daniel foi encontrado morto na manhã de 27 de outubro, na zona rural de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Ex meia de Coritiba e São Paulo, ele atualmente atuava no São Bento, time da série B do Campeonato Brasileiro. De acordo com a polícia, ele estaria em uma festa e morreu após enviar fotos de Cristiana Brittes para amigos em um grupo de WhatsApp.
Fonte: Banda B