CURITIBA, PR – Agentes de diversos núcleos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, prenderam na manhã desta quarta-feira (09), o prefeito Cláudio Eberhard, um vereador, um servidor público (ex-secretário municipal) e três empresários em Santa Terezinha de Itapu, no Oeste paranaense.
Eles são suspeitos de associação criminosa e fraudes em licitações. A quadrilha seria composta por servidores municipais e empresários.
Segundo o Ministério Público, as investigações começaram há dois anos. A ação faz parte da Operação Saruê e ainda está em andamento.
De acordo com as investigações, o prefeito Cláudio Eberhard, editou decretos de utilidade pública para suposta expansão de áreas industriais, que visavam desvalorizar terrenos, cujos proprietários passaram a ser assediados, com ofertas de vendas ao grupo de pessoas ligadas ao prefeito.
O grupo usava o argumento de que “perderiam ainda mais se não fizessem a venda dos terrenos”. O Ministério Público disse ainda, que os decretos seriam mais adiante revogados, para que projetos de loteamentos nessas áreas, de empresários do grupo, fossem aprovados. Assim, eles conseguiriam altos ganhos.
Ainda de acordo com o MP, são investigadas também possíveis fraudes em licitação para favorecimento do grupo do prefeito de Santa Terezinha de Itaipu, Cláudio Eberhard, assim como fraudes na execução de contrato de revestimento de ruas. Há também indícios de que houve fraude na licitação do matadouro municipal.
Durante a operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (09), duas pessoas também foram presas em flagrante, por porte ilegal de arma (um funcionário da prefeitura que fazia a segurança da casa do prefeito e o gerente de um frigorífico).
Além das prisões preventivas, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 30 locais, incluindo residências, empresas, escritórios de engenharia e de imobiliárias, além de gabinetes e departamentos na Prefeitura e na Câmara Municipal de Santa Terezinha de Itaipu. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que decretou ainda a suspensão do exercício das funções públicas do prefeito, do vereador e do servidor público.
