Nenhuma empresa se interessou em apresentar uma proposta para a compra das ações da Sercomtel Telecom. O lance mínimo da operação é de R$ 130 milhões conforme especificado no site da Prefeitura de Londrina, que detém a maior fatia da companhia.
Cinco empresas haviam acessado o dataroom com as contas da Sercomtel, trazendo esperança para a apresentação de ofertas. Mas até o momento, ninguém quer assumir o comando da estatal.
Afundada em dívidas e passivos trabalhistas, quem for comprar a empresa precisará de ao menos R$ 500 milhões. Isso porque, além das dívidas que acompanham o CNPJ, será necessário um investimento grande em tecnologia.
PREJUÍZO
Mesmo com a tentativa da venda, a Sercomtel já consumiu quase R$ 10 milhões dos cofres públicos. No ano passado, a prefeitura teve que fazer dois aportes na empresa, de R$ 7 milhões na telefônica e mais R$ 2 milhões na Iluminação, para desmembrá-la e transformá-la em empresa estatal.
O leilão previsto para o dia 5 de fevereiro deve ser adiado em até 90 dias. A prefeitura já contratou a B3 ao custo de R$ 300 mil para o desenvolvimento do trabalho e assessorias necessárias, e ainda existe um segundo valor, a título de “taxa de sucesso” que, caso a empresa seja vendida, mais R$ 969 mil devem ser pagos pelo comprador.
O total da transação é estimado em R$ 1.3 milhão.