Quatro crianças recebem órgãos de menino atropelado em Arapongas

Derick Fernandes
Por Derick Fernandes Deixe um comentário 2 min de leitura
Divulgação: Este site contém links de afiliados. Ao clicar neles, você já ajuda a apoiar nosso trabalho, sem qualquer custo adicional para você. Cada clique faz a diferença e nos permite continuar trazendo conteúdo de qualidade! ❤️
lg 5003c5a2 53f2 4f1d 9317 bf4da41ad964
Foto: Divulgação

O gesto de solidariedade da família de um garoto de quatro anos, atropelado na região norte do Estado na semana passada, salva a vida de outras quatro criança em três Estados – Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Apesar da dor da perda do filho e da avó do garoto que morreu no local do acidente, os pais do menino doaram os órgãos dele para transplante.

A captação foi realizada na madrugada deste domingo, dia 04 de junho, no Hospital Infantil Sagrada Família. Os rins foram para Curitiba, o coração para São Paulo e o fígado para o Rio de Janeiro, beneficiando quatro crianças que aguardavam por um órgão para transplante.

Os globos oculares (córneas e escleras) foram para o Banco de Olhos de Londrina e devem beneficiar mais duas pessoas. Segundo Flávia Bussolo, enfermeira da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Infantil,  as córneas de uma criança podem ser transplantadas tanto em criança quanto em adulto. “A fila para córneas é única entre adultos e crianças”, destaca.

RARIDADE

Credenciado para captação e transplante de órgãos, essa foi a terceira vez que o Hospital Infantil realizou uma captação. A primeira foi em 2012, também de múltiplos órgãos. Depois, em janeiro do ano passado, uma criança vítima de afogamento doou rins e globo ocular.

Além dessas três doações, o Hospital registra apenas dois casos de recusa de doação pela família – um em 2015 e outro em junho do ano passado. Ao todo, são apenas cinco protocolos de doação em anos de trabalho. “Pela precocidade do óbito, a doação de órgãos de criança envolve ainda mais sofrimento na família. Além disso, comparando com o adulto, temos menos diagnósticos de morte encefálica em criança em condições viáveis para doação”, afirma Flávia.

Compartilhe
Jornalista
Seguir:
Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
Comentar

Acesse para Comentar.