Vereador Rony Alves é preso pelo Gaeco por ameaçar testemunha da ZR3

Redação
Por Redação Deixe um comentário 4 min de leitura
Divulgação: Este site contém links de afiliados. Ao clicar neles, você já ajuda a apoiar nosso trabalho, sem qualquer custo adicional para você. Cada clique faz a diferença e nos permite continuar trazendo conteúdo de qualidade! ❤️

LONDRINA – Agentes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) prenderam, na manhã deste sábado (22), o vereador afastado Rony Alves (PTB). Segundo as informações, a prisão foi determinada após o político ameaçar uma testemunha da Operação Zona Residencial 3 (ZR3), que apura esquema de cobrança de propina para mudanças no zoneamento urbano.

A prisão foi expedida pela juiza Claudia Andrea Bertolla, na sexta-feira (21), depois de uma solicitação do Gaeco.

Rony Alves foi levado ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (CIAC), segundo o Gaeco, e deve permanecer detido por tempo indeterminado. O vereador, que estava sendo monitorado por meio de tornozeleira eletrônica, foi preso em casa, por volta do meio-dia.

Segundo o advogado dele, Maurício Carneiro, a defesa não deve se manifestar porque ainda não teve acesso a decisão judicial que levou à prisão do vereador afastado.

PEDIDO DE PRISÃO

alves e testemunha
Alves caminha ao lado de testemunha da ZR3 – Foto: Divulgação

Em 7 de dezembro, conforme o Gaeco, uma testemunha foi abordada por Alves enquanto deixava uma agência bancária da cidade e seguia para o estacionamento.

Conforme o relato, o vereador fez ameaças em relação aos depoimentos e o papel dela nas investigações. Imagens de câmeras de segurança da agência foram anexadas ao documento. Segundo o Gaeco, as imagens mostram Alves caminhando ao lado da e atrás da testemunhas.

Um relatório de geolocalização da tornozeleira, usada pelo vereador afastado, comprova que ele esteve na agência bancária no dia e horário indicados pela testemunha.

Para os promotores Jorge Fernando Barreto da Costa e Leandro Antunes Meirelles Machado, que assinaram o pedido de prisão, Alves descumpriu medidas cautelares ao cometer crime de coação de testemunha no curso do processo, utilizando violência ou grave ameaça para favorecimento próprio no processo judicial.

O requerido está reiterando na prática de ilícito criminal doloso, em cristalina afronta à decisão que lhe determinou o cumprimento de medidas cautelares diversas da prisão”, diz o pedido.

Para o Gaeco, a prisão preventiva é uma forma de garantia da ordem pública.

“Uma vez que foram trazidos elementos contundentes de que o requerido está perseguindo, coagindo e ameaçando uma das figuras fundamentais do processo, o que revela a sua periculosidade concreta, visto que mesmo sendo processado pela prática de crimes graves não deixou de delinquir”, diz outro trecho do documento.

OPERAÇÃO ZR3

Batizada de ZR3, a Zona Residencial 3 foi deflagrada em janeiro deste ano. Em 9 de fevereiro, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) apresentou denúncia contra 13 pessoas por crime de organização criminosa, corrupção ativa e passiva.

Entre os acusados, estão os vereadores afastados Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB), além de servidores públicos municipais e empresários da construção civil.

Takahashi, até então presidente da Câmara de Londrina, e Rony Alves, seriam os líderes da organização criminosa. Ambos negam as acusações.

Um servidor público, responsável pelo setor de loteamentos da Prefeitura Municipal de Londrina, seria o braço do grupo no Poder Executivo.

Em 19 de fevereiro, a Justiça aceita a denúncia, e os 13 denunciados viram réus por envolvimento nas supostas irregularidades.

Compartilhe
Comentar

Acesse para Comentar.