Em assembleia extraordinária realizada na tarde desta quinta-feira (1º), os servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte do Paraná, decidiram deflagrar greve geral a partir da próxima segunda-feira (5) caso o pagamento dos salários não seja efetuado.
A decisão, que teve apenas três votos contrários, estabeleceu o prazo do dia 5 para cumprir exigência legal. Na segunda, duas assembleias estão marcadas para confirmar a deflagração da greve: uma às 8 horas, no Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), e outra às 14 horas, no auditório do Hospital Universitário (HU).
Caso a greve seja ratificada, as matrículas dos alunos aprovados no vestibular de verão/2017 podem ficar comprometidas, bem como as solenidades de colação de grau, abertura dos portões, blocos e salas de aula.
ESTADO versus UEM
Em notícia divulgada no site da Agência Estadual de Notícias, o governo do Paraná afirma que “a reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) ainda não autorizou a Secretaria da Administração a transferir os recursos da folha de pagamentos dos servidores da instituição para a Caixa Econômica Federal. Para liberar a operação, o reitor precisa encaminhar um ofício padrão ao Estado, assim como já fizeram as demais universidades estaduais. Em razão disso, ainda não foi possível depositar o pagamento de janeiro dos funcionários da UEM”.
Uma nota de repúdio publicada no site da UEM, o reitor Mauro Luciano Baesso declara que “a reitoria enviou hoje (1º, às 15h30mim) o Ofício para a Caixa Econômica Federal autorizando o processamento do arquivo da Folha de pagamento gerado pela CELEPAR. O texto deste ofício foi integralmente aprovado pela assessoria jurídica e pela gerência da Caixa Econômica Federal (…). Ocorre que o Estado, para realizar a transferência de recursos, está coagindo o reitor a assinar um ofício com um texto em que a Universidade Estadual de Maringá assume expressamente a obrigação de integrar o Sistema RH Meta 4“.