O Sindicato que representa os professores de escolas particulares de Londrina e região (Sinpro) acusou, em nota, o Colégio Londrinense, administrado pelo Instituto Filadélfia (Unifil) de demitir em massa profissionais que atuam na educação infantil e encerrar as atividades do segmento.
Na nota, o sindicato repudiou as medidas adotadas pelo grupo e questionou se essa era a melhor forma de lidar com a crise financeira que se abate na instituição, por conta das aulas suspensas.
“Acreditamos que o Londrinense, por ser parte do grupo Unifil, tem vários recursos à sua disposição como linhas de crédito, suporte em praticamente todas as áreas e auxílios governamentais. Um destes recursos é a Medida Provisória 936. Ela permite ao empregador utilizar dois recursos para não demitir: suspensão dos contratos de trabalho ou redução de jornada e salários. O Londrinense já usou a primeira destas alternativas, mas pode ainda utilizar a segunda reduzindo os salários em até 70% por 30 dias”, diz um trecho da nota.
Ainda segundo o sindicato, por ter optado pela demissão, a escola terá que pagar a estabilidade para todos os demitidos por 60 dias, e alega que a instituição terá muito mais custo. “Mais dinheiro do que se tivesse apenas reduzido, isso desmonta o argumento de problema financeiro”, diz o Sinpro.
O sindicato disse que não foi procurado pelo colégio para procurar uma alternativa à demissão. Segundo da nota, foram 20 professores demitidos nesta segunda-feira (15).
INSTITUTO FILADÉLFIA NEGA
Por meio de nota, o reitor da Unifil e diretor do colégio Londrinense, Eleazar Ferreira, disse que o Sinpro mentiu ao afirmar que a instituição estaria encerrando as atividades da educação infantil.
“A suspensão dos serviços foi decidida após resultado de pesquisa realizada com famílias dos alunos do Pré I e Pré II que apresentou os seguintes resultados: a maior parte das famílias não concordou com a continuidade do ano letivo por meio do ensino remoto”, diz a nota, que não confirma a demissão dos professores.
A Unifil alega ainda os prejuízos provocados pela pandemia e diz que depende da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria Municipal de Educação para o retorno das atividades completas. “O retorno será feito assim que o prefeito do município de Londrina autorize o reinício das aulas presenciais nas escolas”, justifica.