Você provavelmente já ouviu a expressão ‘Sugar Daddy’, porém, pode não saber – ainda – o que significa. Mas o que você não sabe é que essa modalidade de relacionamento está em alta e apresentando um crescimento vertiginoso. Sugar Daddy é um homem rico, que paga para se relacionar afetivamente com mulheres mais jovens e bonitas.
O termo Sugar Daddy está em alta e cresce a cada dia no Brasil. A expressão não leva em consideração se o relacionamento é hétero ou homoafetivo, podendo ser praticado por todos. A tradução ao pé da letra significa “paizinho de açúcar”, que seria aquele homem mais experiente, bem-sucedido, que ajuda financeiramente uma (um) jovem, mais nova (o) e atraente, em troca da relação afetiva.
Apesar dos termos – masculino e feminino – a relação pode ser com gêneros ao contrário do que a tradução literal, e também em relacionamentos homoafetivos.
Por outro lado estão as Sugar Babies, que seriam mulheres bonitas – ou homens bonitos – que buscam um parceiro maduro para patrocinar seus sonhos. Os investimentos podem incluir parcela de faculdade, prestação do automóvel, presentes caros e até mesmo viagens internacionais.
Neste “Universo Sugar”, esta relação é bem explícita e ambos os lados estão conscientes sobre o fundamento da relação.
MUNDO SUGAR: OS PRAZERES DA RELAÇÃO POR INTERESSE
O Paraná é o quarto estado do Brasil com mais ‘sugar daddies’. São cerca de 45 mil pessoas que participam desse sistema. Em todo o Brasil, são mais de 800 mil pessoas.
O estado de São Paulo lidera o ranking com mais de 260 mil pessoas, seguido por Rio de Janeiro (174 mil), Minas Gerais (96 mil), Paraná (45 mil) e Rio Grande do Sul (36 mil). Mas cuidado, pois é alto também o registro de perfis falsos
Apesar dos números apresentarem uma grande representatividade, em relação a um relacionamento mais explícito, existe um dado que chama ainda mais atenção. Segundo o aplicativo, existem mais de 155 mil Sugar Barbies, beneficiadas (os) pelos companheiros para pagar despesas com educação.
Nos ranking das (os) Sugar Barbies que recebem investimento para educação, o Paraná aparece novamente na quarta posição, tendo mais de 5% de representatividade.
EM LONDRINA
Na maior cidade do interior do Paraná, ser Sugar Daddy é negócio – e dos bons. Existem casos em que o homem pagou R$ 1 milhão, comprou apartamento e até carro importado para a mulher. E não pense que uma ‘sugar baby’ se limita a alguém que simplesmente procure investimentos financeiros.
Existem também aqueles casos de casamento por interesse ou por sobrenome de família. São pais que, com consentimento da filha, as indicam para casamento com homens de família tradicional, bem sucedidos e com muito dinheiro.
O resultado é a união entre pessoas da alta sociedade, para que elas simplesmente fiquem mais ricas, poderosas e ganhem ainda mais prestígio. Essas mulheres, algumas, já foram casadas e outras estão em seu primeiro relacionamento.
O caso mais conhecido enquadrado como ‘Sugar Daddy’ em Londrina envolve a socialite Val Marchiori. Ela se casou com o empresário Evaldo Ulinski, que era dono do frigorífico Big Frango, em Rolândia, na Região Metropolitana.
A época que ela o conheceu, Evaldo era casado, mas a manteve pagando luxos para a socialite. Val acabou engravidando, e construiu um império com tudo que o empresário proporcionou. Val chegou a ser dona da Valmar Transportes, e teve uma frota de 300 caminhões, ficou famosa e se mudou para São Paulo, onde entrou na TV.
Mas nem tudo são flores. Anos depois, Val e Evaldo travam na justiça a batalha pela guarda dos filhos. Evaldo hoje é um homem sem muito dinheiro e endividado, não tem o mesmo prestígio social que antes. Enquanto isso, Val ostenta seu patrimônio, inclusive uma mansão de R$ 10 milhões nas margens do Lago Igapó, em Londrina.