LONDRINA, PR – O empresário Luiz Reis Garcia, 65, suspeito junto com outros dois irmãos e um sobrinho de matar a sua esposa e atirar o corpo da janela de um apartamento no centro de Londrina no último domingo (24), está em liberdade. A justiça decidiu que ele responderia o inquérito sem estar preso, mas que deve utilizar uma tornozeleira eletrônica.
A delegada Geanne Aparecida dos Santos, da Delegacia da Mulher de Londrina, tem prazo de dez dias para encerrar as investigações acerca da morte de Olga Aparecida dos Santos, 51. O crime aconteceu em um prédio localizado na rua Mato Grosso e está cercado de mistérios.
Quem decidiu pela liberdade de Luiz foi a juíza Márcia Guimarães, da Vara de Execuções Penais. Ela entendeu que pela idade do acusado, ele deveria ficar em casa. O que pesou pela decisão é que o empresário usa medicamentos controlados devido a problemas de saúde que possui. Ele está respondendo por feminicídio.
Além do esposo de Olga, dois irmãos dele e o sobrinho também são investigados por feminicídio. Eles também responderão por fraude processual, uma vez que a polícia encontrou vestígios de limpeza no apartamento onde tudo teria acontecido. Isso é considerado alteração da cena de crime.
DEFESA
No corpo de Olga foram encontrados ferimentos que seriam de faca. O advogado Marcelo Gaya, que defende os acusados, sustenta a teoria que as marcas seriam de uma cirurgia bariátrica que Olga havia se submetido dias antes. No dia do crime, Luiz chegou a alegar que a esposa pulou da janela do apartamento, no entanto vizinhos disseram tê-la ouvido pedir socorro.
Além disso, surpreendeu a polícia a versão dos envolvidos de que não sabiam que a mulher havia caído do prédio. Eles disseram não ter percebido nada, mesmo com toda a movimentação em frente ao residencial Caviúna.
