Isso deve acontecer porque o telescópio está em uma órbita decadente, como praticamente todos os satélites e outros equipamentos artificiais em volta do nosso planeta. A cada volta que o Hubble completa na Terra, os resquícios da nossa atmosfera que ainda podem ser verificados a 568 km de altitude na qual o Hubble permanece no momento, o desviam vagarosamente em direção ao planeta.
Como esse efeito só pode ser notado no longo prazo, não é possível ter uma previsão mais certeira do que pode acontecer até 2030, mas os cálculos mais confiáveis apontam para uma queda descontrolada na metade da década em questão. Como o Hubble é grande, ele não se desintegraria na atmosfera. Em vez disso, o artefato deve se despedaçar em várias partes menores, que podem atingir o solo em literalmente qualquer lugar do mundo.
Contudo, um evento como esse não é exatamente incomum, a agência espacial chinesa tem uma antiga estação espacial nas mesmas condições do Hubble, em órbita decadente, mas em um estágio muito mais acelerado e sem volta. Ela deve cair na Terra até abril do ano que vem.