ELEIÇÕES 2016
O clima de tensão e a troca de acusações predominaram entre os candidatos a prefeitura de Curitiba, Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD) no debate realizado pela RICTV na noite deste domingo (23). O evento foi um teste de paciência ao eleitor que recebeu poucas propostas e teve que lidar com a agressividade dos candidatos do segundo turno, que nos últimos dias, baixaram o nível da campanha.
Ney Leprevost iniciou as provocações ao adversário, que já havia o atacado em seu programa eleitoral na noite de sábado. O candidato do PSD lançou uma pergunta “pegadinha” para Greca ao questionar sobre a prevenção de problemas cardíacos congênitos, para depois corrigi-lo.
Mas foi na sequência o clima esquentou: Greca passou a acuar Leprevost com questionamentos pesados sobre a atuação de Ney enquanto deputado e também sobre a formação do adversário pela Universidade do Tocantins. Outra polêmica levantada foi uma suposta manobra de Leprevost para beneficiar o irmão, João Guilherme Leprevost, na compra de um terreno pela empresa CWB Brasil.
Rafael Greca ainda alfinetou Ney sobre a aliança com o PCdoB, partido ligado a correntes estudantis como UJS (apoia as ocupações no Paraná) e ao Partido dos Trabalhadores. O candidato do PMN também insinuou que Leprevost não conhece Curitiba profundamente após fazer uma pergunta sobre o que ele faria numa intercessão da Wenceslau Brás, na Vila Hauer – E o oponente, não sobe responder de forma técnica a questão.
Mas Leprevost não deixou por menos e também foi ofensivo contra o adversário: chegou a chamá-lo de mau caráter e mentiroso, após acusá-lo de atacar a sua família. Ney também afirmou que Greca foi funcionário fantasma quando ele foi contratado pelo senador Renan Calheiros (PMDB) e lembrou do episódio em que o ex-prefeito disse que havia “vomitado ao sentir cheiro de pobre”, expressão dita durante evento na PUC e que gerou polêmica.