LONDRINA, PR – Em vistoria realizada nesta terça-feira (13), a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a pastoral carcerária, Ministério Público (MP), Movimento Nacional dos Direitos Humanos e outras entidades apuraram que o 4° Distrito Policial de Londrina, no Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), não tem condições de realizar as triagens para presos em flagrantes.
O local, uma unidade prisional provisória, pode manter detentos encarcerados por no máximo 72 horas, mas denúncias apontam que dois internos estariam na unidade há pelo menos seis meses. Além disso, o espaço estaria insalubre.
De acordo com Carlos Santana, representante do Movimento Nacional dos Direitos Humanos no Paraná, “cobramos atendimento de saúde preventivo. Mas, para isso, é necessário estrutura. Setenta duas horas é o tempo máximo que alguém tem que ficar em uma unidade prisional provisória. Não é isso que vemos com vários presos”.
Santana informou que 33 presos estão abrigados em uma área sem luminosidade natural e ventilação. “O grande problema desta unidade é a falta de transferência de alguns detentos para o sistema penitenciário. Quem está condenado já poderia estar cumprido pena. Outra situação é que as condições para 147 presos em uma unidade em que cabe 32 são uma aberração. Humanamente impossível um cidadão ficar cumprido pena em um lugar escuro, fechado e sem nenhuma condição de sobrevida”, explicou.
As irregularidades serão descritas em um relatório que será encaminhado ao governo do estado. As entidades pretendem propor ação civil caso os problemas não sejam solucionados.
(Via Paiquerê)