O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, já teria cumprido o que anunciou e para fugir da prisão, foi embora para os Estados Unidos. O país americano já havia anunciado que não permitira a entrada de Brasileiros por causa da pandemia, mas no caso de Weintraub, ele estava com passaporte diplomático do governo.
O presidente Jair Bolsonaro exonerou o então ministro da Educação somente após o desembarque dele em território americano.
Na manhã deste sábado (20), o ex-ministro fez uma postagem no Twitter e, nos detalhes da publicação, é informado que o tuíte foi feito de Miami, na Flórida.
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 20, 2020
Também pelo Twitter, o assessor especial de Jair Bolsonaro e irmão de Weintraub, Arthur Weintraub, informou que o ex-ministro de fato está nos EUA. “Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA”, postou.
Obrigado a todos pelas orações e apoio. Meu irmão está nos EUA.
— Arthur Weintraub (@ArthurWeint) June 20, 2020
jornalista Guga Chacra, que vive nos EUA, questionou como Weintraub teria entrado legalmente no país por não ser residente permanente.
“Mas como teria entrado no país? Não é residente permanente e tampouco cidadão. Portanto necessitaria duas semanas de quarentena em um terceiro país que aceite brasileiros e cujos viajantes sejam aceitos nos EUA. Turquia, por exemplo. Para Miami, direto, não faria sentido”, explicou Guga.
E prosseguiu:
“Se entrou c/ passaporte diplomático de ministro, teria de atualizar o status imigratório assim q fosse exonerado. Necessitaria sair dos EUA novamente p/ pegar o visto p/ trabalhar no Banco Mundial qdo tiver aprovação e ingressar novamente nos EUA. Se não o fizer, estará irregular”.
Na sexta-feira (19), Weintraub já havia anunciado que sairia do Brasil. “A prioridade total é que eu saia do Brasil o quanto antes, Agora é evitar que me prendam, cadeião e me matem”, disse em entrevista à CNN Brasil.
Por 9 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter Weintraub na mira do inquérito que apura fake news disparadas contra integrantes da corte e seus familiares.
Weintraub é investigado por ter dito, na reunião ministerial de 22 de abril que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. Além disso, ele é alvo de inquérito por racismo contra chineses.
Ao anunciar sua saída do MEC, Weintraub afirmou que foi indicado ao cargo de diretor executivo para o Banco Mundial. A nomeação, no entanto, precisa ser aceita pelos outros países que compõem o bloco com o Brasil.