O Instituto Médico-Legal de São Paulo (IML)começou a liberar, na tarde deste domingo (11.08), os corpos das vítimas do acidente aéreo ocorrido em Vinhedo (SP) na última sexta-feira.
Em Cascavel, a Prefeitura anunciou a liberação do Centro de Eventos da cidade para os velórios das vítimas locais.
Também neste domingo, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou que conseguiu recuperar todos os dados das duas caixas-pretas do avião, o que será crucial para esclarecer as causas do acidente.
A aeronave, que decolou de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP) transportava 62 pessoas, das quais pelo menos 22 eram da região de Cascavel. Não houve sobreviventes.
A Voepass, proprietária da aeronave que caiu, a Força Aérea Brasileira (FAB) e também outras companhias aéreas disponibilizaram aeronaves para fazer o translado dos corpos para as cidades que a famílias desejarem.
O acidente em Vinhedo é o mais grave desde a tragédia da TAM em 2007, que resultou na morte de 199 pessoas. A aeronave envolvida era um modelo ATR-72, e a companhia aérea Voepass afirmou que todos os sistemas do avião estavam em ordem e que a tripulação tinha as habilitações válidas.
A aeronave voou por cerca de 1 hora e 35 minutos sem registros de problemas, até que fez uma curva brusca e despencou cerca de 4 mil metros em apenas um minuto, colidindo com o solo em um condomínio residencial. Especialistas sugerem que a queda em espiral pode indicar um estol, uma perda de sustentação que impede a aeronave de voar.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Polícia Federal também estão envolvidas na apuração das causas da tragédia, e um gabinete de crise foi instalado para coordenar os esforços de assistência e investigação.