As principais entidades que representam o comércio e os supermercados pressionam a Prefeitura de Curitiba para que o lockdown não seja decretado na cidade em meio ao caos do sistema de Saúde. A reunião do Comitê da SMS (Secretaria Municipal da Saúde), que define quais serão as medidas restritivas do novo decreto, acontece na tarde desta terça-feira.
A lotação máxima dos leitos para pacientes com Covid-19 é um dos indicadores que possibilitam o fechamento total dos serviços não essenciais. Vale lembrar que as regras atuais determinaram o lockdown apenas no sábado e domingo.
Contudo, a prefeitura de Curitiba teve que vencer a batalha contra a Apras (Associação Paranaense de Mercados) para assegurar o cumprimento do decreto. A associação chegou a ter uma limitar para abertura dos mercados das 7h às 20h do sábado, mas a decisão foi suspensa durante a madrugada.
Em nota, a ACP (Associação Comercial do Paraná) se manifestou contra o lockdown em Curitiba. A entidade que a medida é extrema e tem sido ineficaz para a contenção do coronavírus, além de levar diversas empresas à falência.
“O segmento comercial e de serviços não suporta mais a pesada carga por conta dos seguidos e infrutíferos abre e fecha. A cada declaração da secretária de saúde Márcia Huçulak anunciando a iminência de medidas mais restritivas instala-se o pânico entre os empresários, cada vez mais inseguros sobre a sobrevivência de seus negócios”, aponta a ACP.
“Que se combata as festas e aglomerações e que se proíba de vez os ônibus lotados. Mas que se deixe o varejo e a vida fluir dentro do possível sem a adoção dos lockdowns causadores da falência de um número incontável de negócios e a consequente perda de milhares de vaga de trabalho. Reafirmamos nossa posição contra a arbitrariedade do lockdown”, completa a nota.
CONTRA O LOCKDOWN
A Apras (Associação Paranaense de Supermercados) divulgou nota ontem na qual defende o funcionamento dos mercados. A entidade acredita que o fechamento só vai causar aglomerações, mesmo com a limitação da capacidade, devido à falta de horários da população.
Contudo, a associação alegou que segue dialogando com a prefeitura de Curitiba “para que as decisões sejam sempre tomadas em benefício do bem-estar e segurança dos consumidores e colaboradores” na guerra contra a Covid-19.