Belinati sobre atraso de trincheira: “Pra fazer omelete tem que quebrar o ovo”

Prefeito justificou os transtornos e pediu paciência a comerciantes que começam a se mudar por causa da obra interminável.

Derick Fernandes
Por Derick Fernandes Deixe um comentário 3 min de leitura
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Prefeito de Londrina comentou sobre atrasos: "Pra fazer omelete, tem que quebrar o ovo" - disse.Foto: Arquivo / 24H News

O prefeito de Londrina Marcelo Belinati reconheceu atrasos, mas minimizou os problemas e pediu paciência a comerciantes diante das obras da trincheira no cruzamento da Avenida Leste-Oeste com a Rio Branco, na região centro-oeste da cidade.

Na semana passada a prefeitura concedeu mais um aditivo de R$ 2 milhões à empreiteira responsável pela obra (TCE Engenharia). A construção teve início em janeiro de 2021 e deveria ser entregue neste mês, mas até agora os trabalhos não chegaram nem na metade.

Inicialmente prevista para custar cerca de R$ 25 milhões, o valor da obra cresceu 36% com os aditivos e chega a quase R$ 35 milhões. A entrega é prevista para julho deste ano, mas no atual ritmo, o cumprimento da previsão é uma incógnita.

Belinati, que participava da entrega de materiais escolares à alunos da rede municipal nesta manhã, foi questionado acerca do atraso e dos prejuízos acumulados por empresários que esperam agilidade na entrega da trincheira.

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Obras na Avenida Leste-Oeste com a Rio Branco avançaram pouco em 2 anos – Foto: Lima Produções

Nós temos mais de 200 obras em Londrina. Ali é uma obra muito grande, ainda não está atrasada, porque o prazo é 2 anos e 3 meses, do início da obra, mas vai atrasar. Ela está atrasada dentro do cronograma“, reconheceu.

O prefeito também justificou o processo de licitação previsto em lei, e disse que a prefeitura não pode simplesmente escolher a empresa que vai executar a obra. Pela legislação, ganha a licitação a empreiteira que oferecer o menor preço.

Pra fazer omelete, tem que quebrar o ovo. O ideal seria a gente escolher a melhor empresa, mas ela também cobra mais caro, e há também todos os mecanismos da lei que não nos permitem fazer isso, por N motivos. É uma questão de transparência, de legalidade, e a gente não tem margem pra fugir disso. Você faz o processo licitatório, levanta o preço da obra e tem a concorrência. Se a empresa preenche os requisitos, vai ganhar aquela com o menor preço”

Disse Belinati

Enquanto as obras caminham a passos de tartaruga, comerciantes na Avenida Rio Branco improvisam com papelões sobre o barro para tentar segurar os clientes, enquanto outros preferem mudar-se de endereço diante de todos os transtornos.

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Jornalista
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Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
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