Foi confirmado em Londrina o primeiro caso da variante Lambda (C.37) da Covid-19. A variante originária no Peru têm preocupado cientistas, pelo fato de alguns estudos sugerirem que ela tem o poder de reverter os efeitos dos anticorpos das vacinas.
A confirmação aconteceu nesta sexta-feira (13) depois de resultado de um sequenciamento genômico feito na Fiocruz, no Rio de Janeiro. Além dessa variante nova, o Paraná também confirmou mais dois casos da variante Delta – um deles em Londrina, e o segundo caso em Cascavel, no oeste do estado.
A paciente confirmada com a variante Lambda não tem comorbidades. Ela coletou exames em 09 de julho, após os primeiros sintomas da doença no dia 05. A paciente não precisou ser internada e apresentou sintomas leves.
LAMBDA
A variante Lambda foi identificada no Peru no final de 2020. Ao contrário da Delta, designada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “variante de preocupação”, a Lambda é uma “variante de interesse” – um nível menor, mas não menos preocupante.
A variante Lambda tem muitas mutações da variante original de Wuhan, incluindo sete na proteína spike, incluindo as T761, L452Q, que têm o poder de aumentar a transmissibilidade. Já a mutação RSYLTPGD246-253N tem o poder de escapar aos anticorpos criados pelas vacinas.
Um estudo da Escola de Medicina Mount Sinai, de Nova Iorque, indica que a variante mais resistente ao poder neutralizante dos anticorpos produzidos pelas vacinas foi precisamente a Lambda, seguida da Beta. No entanto, as vacinas de mRNA aparentam continuar a ser eficazes.
DELTA
O Paraná contabiliza 56 casos da variante Delta e 18 óbitos desde o começo da investigação da circulação no Estado. A transmissão dessa cepa já é comunitária. Os casos confirmados são em Apucarana, Curitiba, Piên, Fernandes Pinheiro, Araucária, Piraquara, São José dos Pinhais, Mandaguari, Irati, Imbituva, Colombo, Pinhais, Fazenda Rio Grande, Campo Mourão, Francisco Beltrão, Rolândia, Londrina e Cascavel.