Nos últimos dias, se tornou comum ouvirmos em Londrina notícias que relatam a lotação dos hospitais, ou o aumento de casos de Covid-19 que já levaram à morte 1.663 londrinenses.
Assim como a maior parte das grandes cidades brasileiras, Londrina também sente os impactos da pandemia – e por isso, determinou uma série de restrições ao setor de eventos e gastronomia, que há mais de um ano está parado.
Se tornou comum também lermos cotidianamente situações em que bares, restaurantes e outros estabelecimentos são fechados pela polícia em fiscalizações que buscam impedir o descumprimento dos decretos que vetam aglomerações com qualquer número de pessoas, e até mesmo churrascos em família.
No entanto, a máxima “pau que bate em Chico também bate em Francisco” deixou de fazer sentido.
Acontece em Londrina até o dia 30 deste mês o Campeonato Paranaense de Kart. O evento em andamento no Kartódromo Luigi Borghesi, na zona norte, deve reunir centenas de pessoas entre competidores, organização e patrocinadores – um tapa em quem tem restaurante, bares, buffets e são impedidos de trabalhar por causa dos decretos restritivos.
Quem passa no entorno do kartódromo observa a movimentação de veículos no estacionamento do complexo esportivo, e percebe ainda que até mesmo uma lona preta foi colocada no entorno, para evitar que se veja a movimentação e assim, impedir comentários negativos
Nesta quarta-feira (23) o radialista Rodrigo Marine comentou – coerentemente – em seu programa matinal na Norte FM e cobrou explicações de o por que – na cidade em que os DJs estão passando fome por falta de trabalho – um campeonato de Kart, que atrai gente de todos os lugares, pode acontecer.
OUÇA:
Afinal, os eventos estavam ou não estavam proibidos? Se estavam, porque o privilégio para alguns e o rigor da lei para os outros? E o Ministério Público, por que não tomou nenhuma iniciativa a respeito disso?
São perguntas ainda sem respostas. Com a palavra, as autoridades.