As empresas de transporte urbano de Londrina estão solicitando socorro financeiro ao Poder Público, em razão da diminuição expressiva de usuários ocasionada pela Covid-19. O comunicado foi feito aos vereadores que integram a Comissão de Administração, Serviços Públicos e Fiscalização. A reunião on-line ocorreu na tarde de quarta-feira (8).
A solicitação de auxílio, de acordo com representantes das empresas Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) e Londrisul, ampara-se na diminuição expressiva de passageiros. “Assinamos um contrato, em 2019, e lá estava previsto um número de passageiros a serem transportados. Em abril deste ano, trabalhamos com 22% do total de usuários. Em dias bons, transportamos 38%, não passa disso”, afirmou Rodrigo Aparecido de Oliveira, diretor-geral da TCGL.
Marildo Teixeira Lopes, gerente da Londrisul, complementou: “Transportávamos cerca de 120 mil passageiros por dia. Hoje transportamos aproximadamente 50 mil. Temos 38% da demanda, com o uso de 80% da frota para manter o distanciamento social”
Para Oliveira, da TCGL, as empresas precisariam receber um auxílio emergencial do Poder Público para reequilibrar as receitas e despesas e manter o negócio ativo. “Se não houver um custeio emergencial, vamos chegar ao final do ano com uma tarifa monstruosa. Tivemos uma pequena redução no custo, mas vivemos hoje com 38% da nossa receita”, afirmou.
Usuários descumprem normas
Participaram da videoconferência o promotor Miguel Sogair, da Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Paraná, além integrantes da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).
Na reunião houve reclamação do descumprimento, por parte da população de Londrina, de decretos municipais que estabelecem horários diversos para o início da jornada de trabalho de diferentes categorias profissionais. A medida adotada pelo prefeito Marcelo Belinati (PP) tem por finalidade evitar aglomerações nos terminais de transporte coletivo e a lotação dos veículos.
Segundo o diretor de Transporte da CMTU, Wilson de Jesus, o escalonamento não foi efetivo, em razão do desrespeito às regras. “A orientação dada pelos empregadores aos funcionários é para que cheguem antes da abertura”, denunciou