A família de Nycolas Ronald Dias, um jovem de 22 anos que faleceu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim do Sol na última segunda-feira (23), denunciou alegada negligência no atendimento prestado pela unidade de saúde. Consternados com a tragédia, parentes registraram um Boletim de Ocorrência (B.O) e uma denúncia junto ao Conselho Regional de Medicina, em busca de esclarecimentos sobre as circunstâncias que levaram à morte do jovem.
Thaís Karina da Silva, irmã de Nycolas, e Andressa Cristine Dias, sua namorada, acreditam que houve negligência por parte dos profissionais de saúde que o atenderam na UPA Sol. Elas alegam que seu estado de saúde se agravou em decorrência de um suposto diagnóstico equivocado feito anteriormente na unidade de saúde, administrada pela prefeitura de Londrina.
Segundo Thaís Karina, a negligência ficou evidente no domingo, quando Nycolas começou a apresentar sintomas respiratórios, incluindo falta de ar e vômito de sangue durante a consulta médica.
De acordo com o relato, ele foi diagnosticado com uma crise de ansiedade e liberado após ser medicado, mesmo continuando a se sentir mal.
“No domingo, ele começou a apresentar sintomas respiratórios, como falta de ar. Chegou a vomitar sangue no consultório. O médico deu duas injeções, dois soros, um calmante, no soro, e um calmante comprimido. Aí ele vomitou sangue e, simplesmente, o médico disse que ele podia ir embora. Segundo o médico, era um simples vasinho que tinha se rompido. Ele deu dois diagnósticos: ansiedade e esse vasinho. E nós viemos embora; ele com dor. Ele dormiu com dor“, conta Andressa.
A situação de Nycolas piorou ao longo da noite e, já com dificuldade para respirar, ele foi levado de volta à UPA de ambulância, onde passou por uma segunda consulta. Apesar de estar na lista de prioridade para transferência para um hospital, seu quadro de saúde se deteriorou rapidamente.
A família alega que, mesmo com falta de ar evidente, Nycolas só foi colocado em oxigênio quando começou a convulsionar. Infelizmente, ele não resistiu e faleceu antes de ser transferido.
Surpreendentemente, o corpo da vítima não passou pelo Instituto Médico Legal (IML) e foi diretamente para a Autarquia dos Cemitérios e Serviços Funerários (Acesf).
De acordo com o atestado de óbito, a causa da morte foi atribuída a um infarto agudo, convulsão, derrame e dispneia súbita. A Secretaria Municipal de Saúde informou que foi criada uma comissão para apurar a conduta dos profissionais durante o atendimento de Nycolas na UPA do Jardim do Sol.
A comissão terá até dez dias para realizar a investigação, podendo prorrogar esse prazo por mais dez dias, conforme necessário, até a divulgação das conclusões sobre o caso.
A família busca respostas sobre o trágico episódio e espera que a investigação esclareça as circunstâncias que levaram à morte de Nycolas.
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