Prefeitura estende aluguel de 40 leitos de UTI do Hospital do Coração por mais 30 dias

Derick Fernandes
3 min de leitura
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Foto: Arquivo

A prefeitura de Londrina vai prorrogar por mais 30 dias o contrato de locação que prevê a disponibilização de leitos de UTI no Hospital do Coração, para atender pacientes contaminados com a Covid-19. O contrato é alvo de questionamentos por conta dos custos firmados com a prestadora de serviço.

A prefeitura desembolsa cerca R$ 1,6 mil por dia em cada leito disponível. O contrato prevê a disponibilidade de pelo menos 40 unidades, o que significa uma despesa de R$ 64 mil por dia e um total de quase R$ 2 milhões ao longo de um mês.

Em junho, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) instaurou um procedimento investigatório para apurar um dos contratos de aluguel de leitos de UTI e os valores gastos com o Hospital do Coração. Na ocasião, a prefeitura informou que seguiu os critérios estabelecidos nos protocolos de combate à pandemia, e se não fosse a contratação emergencial, a cidade teria ficado sem condições de atender os pacientes com o vírus.

Nesta terça-feira (27) o Hospital Universitário de Londrina, referência em tratamento da Covid-19 no Paraná, informou por meio de nota que a taxa de ocupação dos leitos de UTI exclusivos do SUS na unidade estava em 71% enquanto nas enfermarias a taxa era de 40%.

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Prefeitura comunica intenção de prorrogar contrato de locação dos leitos de UTI

O contrato da prefeitura com o Hospital do Coração se encerraria no dia 31 de julho. No entanto, a Secretaria Municipal de Saúde manifestou interesse pela prorrogação do contrato até o dia 31 de agosto em um ofício enviado à direção da instituição no último dia 19.

A reportagem procurou o secretário Felippe Machado e questionou qual seria a justificativa do município para o aditivo contratual, diante da redução dos números da pandemia. O secretário respondeu que a prefeitura tem 35 pacientes internados no Hospital do Coração, e que a transferência desses pacientes para o HU tornaria a elevar os índices de ocupação dos leitos exclusivos para acima de 100%.

“Se transferimos todos para o HU e encerrar o contrato lá, nossa ocupação ultrapassa 100% de novo”, disse.

No entanto, o Hospital do Coração já havia comunicado a Secretaria por e-mail que continuaria mantendo o tratamento médico dos pacientes que já se encontravam internados na unidade, sem nenhum prejuízo ou custo adicional à prefeitura, até que eles tivessem alta. A única medida do hospital seria não admitir novos pacientes encaminhados pelo SUS, já que o contrato estaria encerrado.

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HCor disse que manteria o tratamento dos pacientes já internados após o dia 31

Colaborou Rodrigo Marine

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