LONDRINA – Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (03), o prefeito de Londrina Marcelo Belinati (PP) comentou a decisão da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) em encerrar as atividades na cidade e demitir, em massa, cerca de 1.660 colaboradoras que atuam na empresa.
Belinati foi enfático: ‘Estamos acabando com o monopólio de 80 anos do transporte coletivo’. Os contratos com a TCGL e Londrisul encerram em 19 de janeiro de 2019.
O prefeito ainda garantiu que não faltará transporte. Com o contrato próximo do encerramento, pode haver um lapso, isso pelo fato que a vencedora terá 60 dias para assumir o serviço.
A Grande Londrina, por sua vez, ao anunciar que não participaria do edital de licitação e encerraria as suas atividades, também deixou claro a intenção de negociar com o poder executivo para permanecer no serviço até que as vencedoras assumam – desde que haja o reajuste da tarifa dos atuais R$ 3,95 para R$ 4,60.
Belinati recusou e disse que não vai autorizar o reajuste:
— Povo de Londrina, vocês querem R$ 4,60 a tarifa? Eu não vou autorizar. Quanto mais alto o valor da passagem, maior é o lucro das empresas – ponderou.
CHANTAGEM
A Grande Londrina, que opera 85% das linhas da cidade, faz chantagem com a população ao anunciar seu encerramento. 1.660 pais e mães de família viram-se na iminência do desemprego, por pressão da mesma sobre a prefeitura, para que altere as regras do edital e beneficiem o lucro da TCGL.
Belinati recusou-se a renovar o contrato com a empresa por mais 15 anos, o que renderia a Grande Londrina cerca de R$ 2 bilhões e 100 milhões de lucro nos próximos anos.
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