Maringá passa a integrar um seleto grupo de aeroportos brasileiros ao iniciar a operação do Sistema de Pouso por Instrumento (ILS), tecnologia essencial para aprimorar a segurança e regularidade dos voos.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou o início das operações na terça-feira da semana passada (16) marcando um marco significativo para o aeroporto local.
O superintendente do Aeroporto de Maringá, Fernando Rezende, destaca que a implementação do ILS contribuirá para reduzir o cancelamento de voos, melhorar a eficiência operacional e pode atrair mais atenção das companhias aéreas para a cidade.
Além do avanço tecnológico com o ILS, a Prefeitura de Maringá está finalizando a construção de uma usina de geração de energia fotovoltaica no aeroporto. Além disso, ao final do ano passado, foi assinado um termo de compromisso entre a prefeitura e o Governo Federal para obras de ampliação e modernização do terminal de passageiros.
O projeto ambicioso inclui a instalação de pontes de embarque (fingers), escadas rolantes, elevadores e esteiras de restituição de bagagem.
Haverá, ainda, ampliação na área de check-in e praça de alimentação, implantação de espaços destinados a lojas comerciais e reformulação do sistema de refrigeração. O prazo para conclusão dessas obras está estimado em dez meses.
Em Londrina, ILS cada vez mais distante
Enquanto Maringá celebra esse avanço, em Londrina, a instalação do ILS está cada vez mais distante da realidade.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou em agosto do ano passado que não há previsão de aquisição do aparelho pelo menos no curto e médio prazo, contrariando o que foi divulgado pela Prefeitura de Londrina em um evento de anúncio de investimentos para obras de modernização pela CCR Aeroportos, concessionária do aeroporto.
CCR também não vai instalar ILS:
A CCR Aeroportos também esclareceu que, de acordo com o contrato de concessão, a responsabilidade pelo ILS não é da concessionária.
A empresa planeja reformar e ampliar o terminal de passageiros, instalar duas pontes de embarque, criar um novo pátio para manobras de aviões e substituir o sistema de luzes para orientação dos pilotos, totalizando um investimento de R$ 185 milhões.
Governo do Paraná garante que cidade terá o equipamento
O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, assegurou nesta terça-feira (14) que o Aeroporto Governador José Richa, em Londrina, será equipado com o ILS CAT I, um dispositivo crucial para auxiliar pousos em condições climáticas adversas.
A afirmação de Sandro Alex surge em meio a debates e polêmicas geradas após o anúncio das obras de reforma e ampliação do terminal aeroportuário pela CCR Aeroportos.
Durante uma visita a Londrina em novembro, onde participou como palestrante de um evento promovido pelo jornal Folha de Londrina, o secretário reiterou a instalação do equipamento, destacando que, mesmo com a empresa responsável pela infraestrutura, é o órgão de controle que implementa o ILS.
Ele ressaltou que o governo do Paraná é o fiscal e avalista do ILS, enfatizando: “Quero garantir que Londrina terá ILS ou alguém vai ter que ir para a cadeia.“
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reafirmou o compromisso prioritário de destinar o ILS (Instrument Landing System) para o Aeroporto de Londrina.
A declaração foi feita durante uma reunião em Brasília com o secretário estadual de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex.
Silvio Costa destacou que o processo está em andamento em Brasília junto ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão da Força Aérea Brasileira.
A instalação do ILS – Categoria 1 na cabeceira 31 da pista do Aeroporto de Londrina é fundamental para permitir operações em diversas condições climáticas, reduzindo o tempo de fechamento do aeroporto.