Tendo mais de 20% do sistema de transporte coletivo ancorado em subsídios públicos, a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) autorizou em segunda votação nesta terça-feira (31) o repasse de um crédito suplementar de R$ 174 milhões para financiar as empresas de ônibus. O valor expressivo, somado aos outros pagamentos feitos pelo prefeito Rafael Greca (UB) aos empresários, supera R$ 500 milhões em dois anos.
O dinheiro será repartido entre o reequilíbrio das contas das empresas que operam o sistema (R$ 132 milhões) e o restante para custeio das operações até o final do ano.
Curitiba enfrenta uma realidade não muito diferente a da maioria dos municípios do país: a crise no sistema de transporte coletivo. Com insumos caros e a perda de passageiros para aplicativos de transporte, as prefeitura encontram no subsídio uma forma de financiar o sistema e garantir a circulação dos ônibus.
Desde o início da pandemia, a capital já pagou quase R$ 500 milhões, ou seja, meio bilhão para os empresários do transporte. Entre 2020 e 2021 foram R$ 320 milhões. Com o novo aporte aprovado hoje, de R$ 174 milhões, e mais um crédito adicional de R$ 15 milhões do governo, o total chega a R$ 509 milhões.
Segundo o presidente da Urbanização de Curitiba (URBS), Ogeny Pedro Maia Neto, a tarifa social de R$ 5,50 paga por passageiro, não é suficiente para cobrir a tarifa técnica que é de R$ 6,30 e que essa diferença, quem paga é o poder público por meio dos subsídios. Ele complementa dizendo que o crédito que será pago pelo estado é crucial para manter a integração metropolitana.
Apesar de ser uma realidade enfrentada tanto por Curitiba, quanto por Londrina, Maringá, Cascavel e outras grandes cidades do Paraná, apenas a capital conta com a benesse do subsídio por parte do Governo do Estado, algo que é tema de discussão inclusive na Assembleia Legislativa do Estado, que por meio de um projeto de lei quer que o estado também ajude no custeio do transporte em cidades com mais de 300 mil habitantes.
Votos pela aprovação do projeto que abre crédito de R$ 174 milhões para subsídio ao transporte coletivo de Curitiba:
- Alexandre Leprevost (Solidariedade)
- Amália Tortato (Novo)
- Beto Moraes (PSD)
- Herivelto Oliveira (Cidadania)
- Hernani (PSB)
- Indiara Barbosa (Novo)
- João da 5 Irmãos (União Brasil)
- Jornalista Márcio Barros (PSD)
- Leonidas Dias (Solidariedade)
- Marcelo Fachinello (PSC)
- Mauro Bobato (Podemos)
- Mauro Ignácio (União Brasil)
- Nori Seto (PP)
- Oscalino do Povo (PP)
- Osias Moraes (Republicanos)
- Pastor Marciano Alves (Solidariedade)
- Pier Petruzziello (PP)
- Sabino Picolo (União Brasil)
- Serginho do Posto (União Brasil)
- Sidnei Toaldo (Patriota)
- Tito Zeglin (PDT)
- Toninho da Farmácia (União Brasil)
- Zezinho Sabará (União Brasil)
Votos pela reprovação do projeto que abre crédito de R$ 174 milhões para subsídio ao transporte coletivo de Curitiba:
- Carol Dartora (PT)
- Dalton Borba (PDT)
- Denian Couto (Podemos)
- Flávia Francischini (União Brasil)
- Marcos Vieira (PDT)
- Maria Letícia (PV)
- Noemia Rocha (MDB)
- Professora Josete (PT)
- Professor Euler (MDB)
- Salles do Fazendinha (DC)
Ausentes:
- Eder Borges (PP) – mandato cassado
- Renato Freitas (PT) – Câmara irá votar a cassação do mandato
- Sargento Tania Guerreiro (União Brasil)
Não votaram:
- Tico Kuzma (PROS) – presidente da casa
- Ezequias Barros (PMB)
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