Uma campanha financiada por pais de alunos escolas particulares (e com o apoio delas) pede o retorno das aulas presenciais em Londrina em meio à pandemia, ironizando a fala do prefeito Marcelo Belinati que afirmou que o retorno nesse momento poderia ser caótico à saúde.
Em uma ocasião, Belinati disse que “na escola as crianças trocam pirulito” em alusão às regras sanitárias, que por se tratarem de crianças, não serão seguidas de forma efetiva. A mensagem no outdoor afirma que “criança não troca pirulito na escola, troca conhecimento”.
Nas redes sociais, o grupo “#eudecidopelomeufilho” se manifesta de forma a pressionar o poder público retomar as atividades presenciais. Além dos donos de escolas particulares de classe média, os pais e motoristas de vans escolares engrossam o coro para a retomada presencial.
Eles criaram uma página nas redes sociais para publicar depoimentos de pais e professores sobre o assunto e os prejuízos causados pela paralisação – tanto no âmbito econômico para as escolas e professores, quanto no âmbito social e pedagógico.
Entre as justificativas apresentadas pela campanha está o aumento da depressão em crianças que estão em casa e a falta do aprendizado – já que há quase um ano as escolas estão fechadas.
Em Londrina, um decreto mantém suspenso o funcionamento das escolas até o dia 28 de fevereiro. Caso a situação da pandemia não fique controlada até lá, a previsão é que este decreto seja estendido. Há uma decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) permitindo à prefeitura que mantenha a suspensão das aulas.
A multa para quem descumprir pode chegar a R$ 120 mil.