A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, vai estar no Paraná nesta quarta-feira (21). A ministra cumpre agenda em Cianorte, Paranavaí e Maringá, no noroeste do estado.
Em Cianorte, ela irá visitar o delegado Walter Quintão, para acompanhar de perto o caso do menino Cristofer Matos, de 03 anos, que morreu após ser espancado pelo padrasto. Ao saber do caso, que aconteceu em 25 de março, Damares pessoalmente ligou para o delegado para tomar conhecimento do assunto e se comoveu com os detalhes repassados pelos investigadores.
Na cidade, ela deve anunciar medidas de ampliação no combate à violência contra a criança e o adolescente durante uma coletiva de imprensa com jornalistas da região.
A ministra deve chegar em Maringá pela manhã onde será recebida por autoridades locais, e de lá deve seguir para Paranavaí, onde visita um abrigo para idosos, e na sequência vai até Cianorte.
PROTEÇÃO AOS MAIS VULNERÁVEIS
Por telefone, a ministra afirmou que seu ministério trabalha constantemente para ampliar as políticas voltadas tanto à infância e juventude, quanto aos idosos. Ela declarou em 15 de abril que a legislação para proteção de crianças e adolescentes vulneráveis pode ser aprimorado, tomando como inspiração a lei maria da penha, voltada à proteção das mulheres vítimas de violência.
Além do caso do menino Cristofer Matos, Damares também acompanha o caso do menino Henry Borel, morto após ser vítima de espancamento no Rio de Janeiro. No primeiro caso, o padrasto foi preso e no segundo, além do padrasto, o vereador Doutor Jairinho, a mãe de Henry também foi detida por ser cúmplice do crime.
A ministra buscou entender como o caso da criança de 4 anos, que até o momento tem indícios de crime bárbaro com envolvimento de pessoas próximas, pode auxiliar na implementação de políticas públicas de proteção à criança. Damares também questionou sobre informações para campanhas de prevenção, conscientização e incentivo às denúncias de violência contra crianças.
“Nós precisamos fazer um pacto pela proteção de crianças no Brasil. É necessário unir esforços de governos, do Congresso Nacional, da sociedade civil e dos cidadãos para que mais nenhuma criança sofra violência neste país. Não podemos aceitar que isso aconteça”, disse a ministra.
Mais de 95 mil denúncias de violência contra a crianças e adolescentes foram recebidas pelo Disque 100 em 2020. Dados do serviço mostram que entre 80% e 90% das violações têm suspeitos dentro dos lares. Em 2020, R$ 75 milhões foram investidos no fortalecimento da rede de proteção – inclusive com equipagem e treinamento de Conselhos Tutelares – e na promoção dos direitos da criança e do adolescente.