
O governo do Paraná bloqueou o repasse de recursos para três universidades paranaenses: Universidade Estadual de Londrina (UEL), Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Universidade Estadual do Oeste (UniOeste), que mantém diversos campi na região que abrange as cidades de Cascavel e Foz do Iguaçu.
Segundo as instituições educacionais, o motivo da interrupção é uma retaliação política de Beto Richa (PSDB) diante da recusa das universidades em transferir a gestão de Recursos Humanos ao controle do governo do estado.
Em reportagem publicada pelo jornal Gazeta do Povo, o reitor em exercício da Universidade Estadual de Londrina, Ludoviko Carnasciali, justifica que a transferência retira autonomia das instituições, garantida por decisão judicial há mais de 20 anos.
A mesma retórica é adotada pelo reitor da Universidade de Maringá, Mauro Baesso, que ameaça interromper suas atividades por impossibilidade de funcionamento sem os recursos estaduais. Ainda segundo o reitor, não há sequer verbas para compra de material de limpeza, e isso pode implicar em uma crise sanitária.
O que diz o governo
O Palácio Iguaçu rebateu os argumentos das universidades e informou através de nota, que o contingenciamento de verbas se deu por falhas das próprias instituições de ensino. Segundo o poder executivo, as universidades não atenderam o prazo do governo do Paraná diante de uma adequação no sistema de gestão “Meta 4”.
Conforme o governo – “as universidades que tiveram recursos contingenciados podem fazer a solicitação de liberação para o Grupo Orçamentário Setorial da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que encaminhará o pedido para análise da Secretaria de Estado da Fazenda” – Conclui a nota.