GUARAPUAVA, PR – O Ministério Público do Paraná (MP-PR) deve oferecer até hoje (6) a denúncia à Justiça contra Luís Felipe Manvailer, 32, suspeito de matar a esposa, Tatiane Spitzer, 29, em Guarapuava, na região central do Paraná.
O corpo da advogada foi encontrado após ela cair do 4º andar do prédio onde eles moravam.
Luís é lutador de artes marciais: faixa roxa de jiu-jítsu. Ele foi flagrado por câmeras de segurança do elevador do condomínio agredindo violentamente Tatiane por mais de 20 minutos, pouco antes do corpo dela ter sido encontrado. Para ficar mais musculoso, o homem vinha tomando suplementos alimentares e anabolizantes.
Esses produtos foram encontrados no apartamento de Luís Felipe Manvailer, que segue preso, acusado de matar e jogar Tatiane da sacada do prédio onde moravam. As fotos dos produtos estão anexadas ao inquérito policial.
Tatiane e Luís Felipe se casaram em 2013 e se mudaram para Alemanha, onde foram estudar. “Ele encontrava motivos para maltratar a Tati, falar coisas pesadas e pejorativas sempre”, disse à RPCTV Rosenilda Bielack, amiga da advogada e que conviveu com o casal na Alemanha.
Rosenilda suspeita que as agressões já aconteciam naquela época, já que outras amigas viram Tatiane com hematomas. “Ela chegava roxa no braço. Cheguei a perguntar várias vezes: ‘Existe agressão física?’. Ela não falava sobre isso.” concluiu.
Entre os meses de março e junho deste ano, a advogada enviou mensagens para Rosenilda, reclamando do marido; disse que ela “grosseiro, estúpido” e que “tinha ódio mortal dela”.
Os promotores do Ministério Público estão analisando as imagens e os depoimentos das testemunhas. Resultados de exames da polícia científica que começaram a sair também são analisados.
FRATURA NO PESCOÇO
A perícia feita no apartamento já constatou: Tatiane tem uma fratura no pescoço, característica de quem sofreu esganadura. O laudo também indica hematomas nas laterais do pescoço da advogada.
A suspeita é de que Luís Felipe tenha apertado o pescoço da mulher com as mãos até provocar uma asfixia e a fratura que provocou sua morte.
Até o momento, o MP-PR tem em mãos o inquérito da Polícia Civil, que tem 400 páginas com 18 depoimentos, relatório detalhado da imagens das câmeras de segurança e o laudo do local da morte que mostra marcas no pescoço de Tatiane.