A Corregedoria da Guarda Municipal de Londrina determinou a demissão do agente Ricardo Leandro Felippe, que cometeu três assassinatos, em 3 de abril deste ano, com arma cedida pelo Município.
Instrutor de tiros da corporação, primeiro ele executou a empresária Ana Regina do Nascimento Ferreira, sócia de sua ex-namorada Josiane. Depois, na zona leste da cidade, Felippe matou a tiros o filho e o pai de outra ex-companheira, Rachel: Vitor Reis, de 17 anos, morreu na frente dos avós; Valdir Siena, de 58 anos, também não resistiu aos disparos e morreu no hospital.
O guarda municipal tomou um veículo de assalto e só foi preso no dia seguinte, num hotel em Maracaí, no interior de São Paulo. De acordo com o secretário municipal da Defesa Social de Londrina, Evaristo Kuceki, a Corregedoria da Guarda Municipal concluiu que Felippe utilizou a arma pertencente ao Município para cometer crimes, além de expor de maneira negativa a imagem da instituição. “Este foi um fato isolado. Felippe teve um surto. Ele era um bom servidor, mas teve um problema na vida particular. Nada justifica, no entanto, o crime hediondo que ele cometeu”, afirmou em entrevista à Paiquerê. Para ele, o crime foi resolvido.
Ricardo Felippe está preso desde o começo do ano e a pretensão do Ministério Público é levá-lo a juri popular. Atualmente o processo contra ele tramita na 6ª Vara Criminal de Londrina, que trata dos crimes cometidos contra mulheres, crianças e adolescentes. Para a defesa, o guarda apresenta distúrbios psicológicos, teoria não comprovada pelas perícias médicas.
