O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) deflagrou nesta terça-feira (30) uma operação contra um grupo investigado pelos crimes de extorsão, agiotagem, posse de arma de fogo, lavagem de dinheiro, corrupção e associação criminosa em Londrina, Arapongas, Ibiporã, Jataizinho, Tamarana e Matinhos, no Paraná, e Bataguassu (MS).
A operação Comminatio é a segunda fase da Surreal, deflagrada em março deste ano. As investigações tiveram início em fevereiro, depois que o Ministério Público recebeu denúncias de disparos de arma de fogo contra vítimas de extorsão, e suposto envolvimento de agente público.
A investigação identificou em março uma empresa de fachada usada para prática de agiotagem. O empreendimento estava registrado em nome de laranjas para ocultar o crime.
Também foi identificada a prática de lavagem de dinheiro, com o uso de pessoas físicas e jurídicas para ocultação de bens e valores. Segundo o MP, um laranja teria recebido R$ 30 mil para aparecer como proprietário de um empreendimento em Ibiporã.
Conforme o promotor Jorge Barreto, do Ministério Público em Londrina, a quadrilha emprestando dinheiro com juros exorbitantes. Na cobrança, eles buscavam os valores extorquindo e ameaçando as vítimas que haviam tomado o empréstimo.
Em uma segunda etapa, mediante a criação de empresas de fachada em nome de terceiros, os acusados compravam imóveis diversos, e lavavam o dinheiro obtido com agiotagem e extorsão.
Corrupção
A investigação também apura crimes de corrupção ativa e passiva para liberação de licenças ambientais para loteamentos residenciais em Jataizinho. Entre os alvos da operação, estão a casa e o gabinete de um assessor da prefeitura.
O MP também pediu sequestro judicial de sete imóveis registrados em nome de laranjas vinculados aos investigados. Até o momento o MP não sabe quanto o grupo movimentou. dinheiro movimentada pelo grupo.