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Londrina vive dia de caos com protestos após morte de jovens em confronto com a PM

Morte de Kelvin Willian Vieira dos Santos, 16, e Wender Natan da Costa Bento, 20, gerou protestos e tumultos em vários pontos da cidade.

Derick Fernandes
4 min de leitura
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Jovens de 16 e 20 anos foram mortos em ação da PM na noite de sábado em Londrina. Mortes desencadearam protestos violentosFoto; Arquivo pessoal
Resumo
  • Morte de Kelvin e Wender: Jovens morreram em confronto com a PM em Londrina.
  • Protestos e ataques: Ação policial gerou manifestações violentas pela cidade.
  • Incêndio de ônibus: Dois coletivos foram incendiados durante os protestos.
  • Reforço policial: Viaturas de Curitiba foram enviadas para reforçar a segurança.
  • Reação do prefeito: Tiago Amaral criticou os atos violentos, mas não se solidarizou com as famílias.

A morte de Kelvin Willian Vieira dos Santos, de 16 anos, e Wender Natan da Costa Bento, de 20, durante um confronto com a Polícia Militar do Paraná (PMPR) no Jardim Leonor, na zona oeste de Londrina, desencadeou uma onda de protestos na cidade. Desde o ocorrido, na noite de sábado (15), manifestações foram registradas em mais de 20 pontos, com bloqueios, depredações e ataques a veículos.

A PM afirma que os jovens estavam em um carro usado para furtos e roubos e teriam reagido à abordagem dos agentes do Batalhão de Choque. Duas armas foram apreendidas e, segundo a polícia, estavam em posse dos suspeitos. Familiares, por sua vez, negam o envolvimento dos garotos com o crime.

A morte de Kelvin e Wender gerou revolta entre moradores do bairro, que partiram para o confronto contra agentes de segurança. Durante os atos, manifestantes incendiaram dois ônibus do transporte coletivo. Um dos veículos, abordado no Jardim Montecristo, na zona leste, ficou completamente destruído pelas chamas.

O outro, um ônibus do transporte metropolitano, foi atacado e incendiado na Avenida Leste-Oeste por manifestantes revoltados com a ação policial. Além disso, um grupo invadiu um ônibus de turismo na Avenida Brasília, ainda na noite de sábado, ameaçando passageiros e obrigando o motorista a abandonar o veículo. O ônibus foi depredado e pertences dos passageiros foram levados.

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Ônibus foi incendiado no Jardim Montecristo, na Zona Leste

Na tentativa de conter os tumultos, a PM reforçou o policiamento na cidade, deslocando equipes especializadas de Curitiba para Londrina. Além disso, reuniões emergenciais entre representantes das secretarias municipais de segurança, saúde e educação foram realizadas para definir medidas de controle da situação.

Na noite de domingo (16) as empresas chegaram a suspender as linhas do transporte coletivo, por receito de novos ataques aos ônibus.

Quem eram os jovens?

Kelvin Willian Vieira dos Santos tinha 16 anos e era estudante. Segundo familiares, trabalhava em um lava-rápido na cidade. Na noite do confronto, ele estava em uma festa de aniversário junto com Wender.

Wender Natan da Costa Bento, de 20 anos, era proprietário do lava-rápido onde Kelvin trabalhava. Os dois eram amigos e, segundo relatos, costumavam sair juntos após o expediente.

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Confronto aconteceu na noite de sábado no Jardim Leonor – Foto: Colaboração

Os corpos dos jovens foram sepultados na manhã de segunda-feira (17), no cemitério Jardim da Saudade.

Prefeito se manifesta, mas não cita vítimas

O prefeito de Londrina, Tiago Amaral, se pronunciou sobre os atos violentos, afirmando que “não aceitaria baderna” na cidade e garantindo que agentes das forças de segurança iriam suprimir novos ataques.

No entanto, ele não direcionou nenhuma mensagem de solidariedade às famílias dos jovens mortos no confronto com a PM.

O caso segue sob investigação.

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