A manifestação que terminou em confronto com a PMPR (Polícia Militar do Paraná) deixou um rastro de destruição no centro de Curitiba.
O protesto, com objetivo de combater fascismo e racismo, foi convocado pelas redes sociais e acabou em quebra-quebra. Integrantes do grupo “antifa”, síncope de antifascismo, carregaram faixas e também participaram da ação, marcada por gritos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O protesto foi iniciado, de forma pacífica, às 18h, na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da UFPR (Universidade Federal do Paraná). “Vidas negras importam. Queremos o fim das operações policiais violentas na favela”, dizia um dos convites, que contava com fotos de negros assassinados, como George Floyd, assassinado brutalmente por um policial branco nos EUA na semana passada, e João Pedro, de 14 anos, morto com um tiro na barriga durante uma operação policial no Rio de Janeiro.
Depois, por volta das 19h30, foi feita uma caminhada até o Palácio Iguaçu, sede do governo estadual no Centro Cívico.
Virou guerra no centro de Curitiba pic.twitter.com/ysAS72Kkfu
— Franklin de Freitas (@FranklinJE) June 1, 2020
Além de queimar a bandeira do Brasil, uma parte dos manifestantes ainda depredou agências bancárias, pontos de ônibus, Fórum Cível e o shopping Mueller. Segundo a prefeitura, diversos patrimônios públicos da Avenida Cândido de Abreu, Travessa Nestor de Castro e Praça Tiradentes foram vandalizados. Contudo, o balanço dos danos será atualizado ainda hoje.
A PM respondeu com tiros de borracha e gás lacrimogênio e efetuou a prisão de oito pessoas. Todos foram encaminhados para o COPE (Centro de Operações Policiais Especiais), da Polícia Civil.
Além disso, a corporação informou que um policial militar ficou ferido superficialmente, após ser atingido por uma pedra, e que nenhum manifestante solicitou ambulância.
“Temos a obrigação de defender tanto a sociedade quanto o patrimônio”, falou o coronel Antonio Carlos de Morais, em entrevista ainda na noite desta segunda-feira (2), sobre a “firmeza necessária” adotada pela Polícia Militar.