Pai teve ajuda do filho para matar ex-mulher no Paraná

Os dois estão presos em Curitiba. Rozélia Maria Martins Caldas foi assassinada com crueldade em um crime premeditado.

Derick Fernandes
5 min de leitura
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Um crime classificado como repugnante, vil e cruel pelo Ministério Público. Pai e filho armaram uma emboscada para matar a empresária Rozélia Maria Martins Caldas, de 50 anos, assassinada a tiros em 7 de janeiro em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.

Rozélia era ex-mulher de José Dirceu Caldas, de 61 anos, e ex-madrasta do filho dele, Jonatas Caldas, 39. Os dois estão presos preventivamente pelo feminicídio.

A promotoria concluiu que ambos agiram premeditadamente para assassinar a mulher. A denúncia foi aceita pela Justiça do Paraná na quinta-feira (19) e agora, o ex-marido e ex-enteado são réus no processo.

Segundo as denúncias, José Dirceu Caldas rastreou a localização do carro da vítima e bloqueou o veículo, o que a impediu de prosseguir viagem.

Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram o momento em que o carro da vítima para no acostamento de uma rodovia. Atrás para o automóvel onde estavam pai e filho. Um deles vai até o carro de Rozélia e entra no veículo. Os dois carros saem na mesma direção.

(…) bloquearam o veículo da vítima, fazendo com que ela parasse forçadamente o carro no acostamento da rodovia, às 23h49min6. Ato contínuo, os denunciados JOSÉ DIRCEU CALDAS e JONATAS CALDAS, que seguiam a vítima, utilizando-se do veículo Renault Clio, cor prata, (…), pertencente a JONATAS, pararam atrás do carro da vítima, momento em que JONATAS desceu e entrou no veículo Ônix, de ROZÉLIA MARIA MARTINS CALDAS, portando uma arma de fogo, de modo que os denunciados agiram, assim, mediante emboscada”, diz a denúncia.

O advogado da família da vítima, Jackson William Bahls Rodrigues, disse que a suspeita inicial era que Rozélia havia parado o carro por conta de amaças ou pressão psicológica.

No entanto, a acusação afirma ter provas que indicam que o automóvel parou por causa do bloqueio realizado pelo ex-marido por meio de um aplicativo de rastreamento.

Crime repugnante

A promotoria elenca que o crime aconteceu por “motivo torpe, compreendido como repugnante, vil e moralmente reprovável”, uma vez que, segundo o documento, os suspeitos não acitavam a separação e o novo relacionamento de Rozélia.

A denúncia sustenta que os acusados arquitetaram o delito de forma premeditada, fazendo crer que o novo companheiro da vítima havia cometido o crime.

Além disso, diz a denúncia que os homens dificultaram a defesa da vítima, uma vez que a mulher foi baleada nas costas, e depois, quando estava caída ao chão.

Os réus promoveram a coisificação da vítima, como se bem material fosse, sem direito de constituir novos relacionamentos, fazer suas escolhas e de viver como por ela desejado”

afirmou o advogado da família
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Como aconteceu

Em 7 de janeiro, a Polícia Militar foi acionada até a entrada principal da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, depois de receber denúncias de tiros na região. Ao chegar, encontrou o corpo da mulher, já em óbito.

Rozélia foi atingida por um tiro na cabeça e morreu na hora. A equipe médica foi acionada e nada pode fazer para salvá-la.

Uma câmera de segurança no local onde houve o crime mostra Rozélia tentando fugir, enquanto Jonatas Caldas corre atrás dela. Em seguida, há um clarão que, segundo a polícia, foi provocado pelos disparos.

No sábado (14) a Polícia Civil cumpriu mandados de busca nas residências dos suspeitos e apreenderam documentos e aparelhos eletrônicos que, conforme a investigação, comprovam o envolvimento de pai e filho no crime.

Os dois foram presos na segunda-feira (16) no bairro Tatuquara, em Curitiba.

Conforme a polícia, o carro usado para abordar a vítima na noite do feminicídio foi encontrado em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, enquanto outro veículo, usado para a fuga, estava em um posto de combustíveis na capital.

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