O caso ocorreu na última semana de abril, quando um vendedor ambulante de frutas teve seus produtos apreendidos por alguns ficais que estavam realizando inspeções. Indivíduos que assistiam a ação pediam que os agentes deixassem o trabalhador em paz.
O vendedor Jean Carneiro Duarte estava circulando na região da Avenida Cândido de Abreu para vender seus produtos, quando foi surpreendido por uma kombi com guardas municipais e alguns fiscais. Os agentes começaram a pegar o tabuleiro de frutas de Jean Duarte para apreensão.
O homem tentava segurar o tabuleiro com as frutas, mas sem êxito, os guardas confiscaram os produtos. Os fiscais afirmaram que o conteúdo seria levado à Secretaria Municipal de Urbanismo e, lá o homem poderia retirar seus pertences novamente. Mesmo assim, com medo de que os agentes confiscassem, também, o seu carrinho, ele saiu correndo do local após as apreensões.
O trabalhador já foi multado três vezes no mesmo local. Diante comunicado da Prefeitura de Curitiba, a justificativa para tais medidas é que a atividade é considerada irregular. De acordo com o informe, a fiscalização foi feita após algumas denúncias recebidas e, fora isso, Jean Duarte já teria sido orientado três vezes que não poderia comercializar no centro Cívico. De acordo com a prefeitura, “naquele ponto não é autorizado este tipo de comércio“, afirmou em comunicado. Para completar, a prefeitura afirma que, para Jean adquirir o alvará de comércio ambulante é necessário procurar a Secretaria Municipal do urbanismo.
O acontecimento deixou o público revoltado, o grupo que assistia a apreensão dos produtos se indignou, alguns começaram a filmar a ação, e outros pediam aos guardas que fossem embora e deixassem o trabalhador em paz.
Jean Carneiro Duarte admite que estava errado por não possuir o alvará, mas mesmo assim, considera a situação humilhante e desumana. O homem que já trabalhava no local há seis anos alega que foi “tratado como lixo“, como ”se tivesse roubado alguma coisa”.
Depois do ocorrido, o trabalhador foi à Secretaria Municipal de Urbanismo para retirar seus produtos, mas mesmo assim, ele afirma que suas frutas ja tinham sido doadas. O trabalhador se lamenta, afirmando que teria vários tipos de frutas que comprou com seu próprio dinheiro.
Jean Carneiro Duarte afirma que já está trabalhando com um advogado para a regularização de sua situação e de seu alvará para que, assim, não haja mais problemas.
*Estagiária sob supervisão do Jornalista Derick Fernandes