Quem paga a vida de luxo que Oswaldo Eustáquio leva em Brasília?

Derick Fernandes
Por Derick Fernandes 1 comentário 3 min de leitura
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Foto: Divulgação

Quem te viu, quem te vê. Até dois ou três anos atrás, Oswaldo Eustáquio morava em Curitiba, no alto do bairro Umbará. Uma casa simples para um homem trabalhador. A casa, um sobrado padrão, tinha três quartos e um sótão, apelidado por ele mesmo de “Caverna de Adulão” – nunca foi própria de Oswaldo, mas era uma vida normal levada por qualquer brasileiro médio.

No entanto, desde que ele se mudou para Brasília sua vida deu uma guinada à direita (literalmente). Apoiador assíduo do PT nas eleições de 2012, Eustáquio era colega de trabalho de André Pioli, na TVCI, em Paranaguá, litoral do Paraná. A emissora tinha um projeto político para a cidade, e queria fazer do petista o prefeito municipal, mas acabou derrotada.

Enfim, histórias antigas à parte – hoje Oswaldo Eustáquio jura ser de direita, e passa a ideia de que vive uma vida simples e com pouco luxo. A dúvida está exatamente nesse ponto.

Até o ano passado, a esposa de Eustáquio, Sandra Terena, era assalariada no Ministério da Família e Direitos Humanos, de Damares Alves. Ela tinha um salário de aproximadamente R$ 18 mil. Eustáquio, por sua vez, recusou-se a receber na mesma época R$ 300 mil da TVCI depois de pedir as contas (e continuar comandando uma rádio (Positiva FM) do dono da emissora, em Brasília citado no escândalo com o Padre Robson).

O casal que morava em uma residência de R$ 4 mil por mês no Lago Norte, há menos de um ano mudou-se para uma mansão, agora no Lago Sul, e ao custo de R$ 7 mil por mês o aluguel. A residência, locada de um advogado, fica vizinha à casa de outros nomes da política nacional. No mesmo bairro de Eustáquio moram deputados, senadores, desembargadores, etc.

A garantia de locação foi justamente o salário de Sandra, e a também a certeza de “quatro anos no governo, com a possibilidade de reeleição e a renovação do contrato por mais quatro anos”.

Mas agora, desempregado, e com Sandra Terena exonerada, quem banca esse luxo? Documentos recebidos por meio de denúncia anônima, indicam que Oswaldo pede doações para custear sua vida de alto padrão. E não são poucas doações.

É o suficiente para enquanto estava preso, ele mandar R$ 15 mil pra esposa pagar as despesas. Inclusive o aluguel da casa, locada com três depósitos de R$ 7 mil (ou seja, R$ 28 mil). A residência tem quatro quartos, duas suítes, escritório, lavabo, duas salas, cozinha, área de serviço, churrasqueira e piscina. Nada mal para quem até 2018 morava na periferia de Curitiba.

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Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
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