Após receber críticas pelas trocas no comando de secretárias desde que assumiu o Ministério da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues é exonerado por Jair Bolsonaro. A exoneração deve ser publicada no Diário Oficial somente na terça-feira (9).
Bolsonaro usou o Twitter para confirmar a demissão de Ricardo Vélez e já anunciar o novo comandante da pasta. “Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao Prof. Vélez pelos serviços prestados”, publicou Bolsonaro na manhã desta segunda-feira (8).
O novo chefe do Ministério da Educação é economista e professor na Universidade de São Paulo (USP). Abraham Weintraub fez parte da equipe de transição de Temer para Bolsonaro e foi inicialmente cogitado como um nome para a Casa Civil.
O agora ex-ministro, Ricardo Vélez é colombiano, mas morador de Londrina onde é professor de Filosofia e autor de mais de 30 obras, além de Mestre em Pensamento Brasileiro pela Pontifícia Universidade Católica RJ, Doutor em Pensamento Luso-Brasileiro pela Universidade Gama Filho e Pós-Doutor pelo Centro de Pesquisas Políticas Raymond Aron, Paris. Vélez chegou ao cargo de ministro após indicação de Olavo de Carvalho.
Vélez é o segundo ministro a ser exonerado por Bolsonaro com menos de três meses de governo. O primeiro foi Gustavo Bebbiano, ex-secretário-geral da Presidência da República.
Durante sua gestão no Ministério da Educação, Vélez criou algumas polêmicas, a mais recente foi quando disse que o “31 de março” foi uma decisão soberana da sociedade brasileira, e que desejava mudar os livros didáticos para revisar a maneira como eles tratam a ditadura militar e o golpe de 1964.