Bolsonaro diz que críticas por Viagra são “crime contra as Forças Armadas”

Derick Fernandes
Por Derick Fernandes 1 comentário 3 min de leitura
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Foto: Reprodução / Youtube

O presidente Jair Bolsonaro usou sua live semanal nesta quinta-feira (14) para reclamar das críticas às Forças Armadas, depois da revelação da compra de itens como Viagra, próteses penianas e injeções de Botox pelos militares. Bolsonaro afirmou que as críticas seriam um crime contra as Forças.

“Isso é um crime contra as Forças Armadas, que não são minhas, são de todos nós. Forças Armadas que tem uma história. Não essa contada pela esquerda, mas de vitórias, de luta, de garantir nossa democracia”, disse.

Bolsonaro também justificou os gastos dos militares brasileiros durante seu governo.

“Eu fiquei chateado, não como capitão do Exército, mas como cidadão brasileiro. Parte da mídia atacar as Forças Armadas: ‘compraram Viagra’. Ô, jornalistas, pelo amor de Deus. O Viagra é usado contra hipertensão arterial, entre tantas outras coisas”, disparou.

“Também a questão do Botox, que bateram muito nas Forças Armadas. O Botox serve para patologias neurológicas, espasmos, Doença de Parkinson”, continuou o presidente.

O QUE HOUVE

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou em 11 de abril, um requerimento pedindo explicações ao Ministério da Defesa sobre processos de compra de 35.320 comprimidos de Viagra para atender às Forças Armadas do Brasil. O remédio costuma ser usado para casos de disfunção erétil.

Depois dessa primeira notícia, o deputado e órgãos de imprensa começaram a conferir as listas de compras dos militares e também encontraram outros produtos usados em tratamentos estéticos, além de remédio para calvice, carnes nobres e até próteses penianas.

“Foram duas [próteses penianas] compradas ano passado”, disse Bolsonaro na live.

— Abriu-se licitação para comprar aproximadamente 30, mas não quer dizer que comprou. Não comprou 30. Ano passado foram duas. E pra que usar? Às vezes o cara faz uma cirurgia de próstata e passa a ter disfunção erétil. Por que não dar essa prótese pra ele? E tem gente também, não sei se serve para isso, mas tem gente que tem fratura no pênis. E parece, não tenho certeza, que se usa a prótese peniana pra isso — justificou Bolsonaro.

“E, os militares, eu incluso, a gente desconta todo mês uma porcentagem do salário e, quando há um procedimento cirúrgico, desconta mais ou menos 20% daquele procedimento. E o dinheiro é nosso”, complementou o presidente.

“Agora vem os memes, as brincadeira. Um até gostei: a nossa pílula jamais será vermelha, aí tem a pílula azul do Viagra”, concluiu Bolsonaro.

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Derick Fernandes é jornalista profissional (MTB 10968/PR) e editor-chefe do Portal i24.
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