Bolsonaro queria Filipe Barros como líder do PSL na Câmara

Redação
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O presidente Jair Bolsonaro avaliou como positiva a indicação do seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para liderar a bancada do PSL na Câmara dos Deputados, em Brasília. O presidente disse ser mais estratégico que Eduardo abra mão da indicação como embaixador nos Estados Unidos, e fique no Brasil para ajudar a pacificar o partido.

“Obviamente, isso o Eduardo vai ter de decidir nos próximos dias, talvez antes de eu voltar ao Brasil”, disse. “No meu entender, [o mais estratégico] é ele ficar no Brasil, até para pacificar o partido e ver o que pode catar de caco, porque teve gente que foi para o excesso. É igual um casal, chega um ponto de um problema que não tem mais retorno por parte de alguns”, disse.

Bolsonaro ainda disse que defendeu, durante reunião no Palácio do Planalto, o nome do deputado federal Filipe Barros, de Londrina. Segundo o presidente, ele deveria ser indicado a liderança, mas a sua opinião foi vencida. Bolsonaro pretende que o embate interno se acalme.

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Desde o início do mês, o presidente enfrente queda-de-braço com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar. Para enfraquecer o dirigente do partido, Bolsonaro atuou para tirar os postos de liderança dos nomes ligados a Bivar – um deles era da deputada federal Joice Hasselmann (SP) – que vem trocando farpas e acusando o Bolsonaro de chefiar uma milícia digital – com fakes que disseminam notícias falsas.

Outro que o presidente atuou para retirar do posto de liderança foi o deputado Delegado Waldir (GO). Foi no lugar dele que Eduardo Bolsonaro foi indicado para o posto.

“Vai se arrefecer [a crise]. Eu me pergunto: o pessoal tirava foto comigo, agora tira com o Bivar. O que ele tem de mais bonito ou de melhor do que eu?”, questionou Bolsonaro.

O presidente disse que, ao retornar ao Brasil em novembro, conversará com a maior parte dos integrantes da bancada do partido ligados a Bivar, na tentativa de chegar a um consenso. Ele ponderou, no entanto, que não terá diálogo com aqueles que, segundo ele, ultrapassaram o limite da razoabilidade.

“Vou expor minha experiência de 28 anos de carreira parlamentar. Eles embarcaram em uma canoa fantasma, aceitando promessas, como dou a lua. Isso serve para um casal de jovens, não para político com mandato de deputado federal”, ressaltou.

Para evitar o agravamento da crise interna, o presidente disse que pediu ao seu filho e vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) que não entre em embate. Ele trocou farpas nas redes sociais, no final de semana, com Joice.

“Todo mundo perde em qualquer alfinetada”, disse. “Em um relacionamento, toda ferida [mesmo] muito profunda cicatriza. Você não vê eu jogando lenha na fogueira, não vou entrar nessa briga de meu grupo contra o deles”, acrescentou.

Ele ressaltou que sempre sugere aos seus filhos que se acalmem, porque, de acordo com ele, é natural na política “um troca de pequenas farpas”. “Eu sugiro, pai é pai até morrer. Eu sugiro sempre acalmar”, disse. “Eu engoli sapo para caramba. E eu procuro passar isso a eles”, acrescentou.

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