“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre“, disse Jair Bolsonaro (sem partido) sobre número recorde de mortes por coronavírus no país nesta terça-feira (28), no Palácio da Alvorada.
A jornalista perguntou para o Presidente da República o que ele faria em relação às mortes de coronavírus no Brasil, que ultrapassou os números da China.
“As mortes de hoje, a princípio, essas pessoas foram infectadas há duas semanas. Infelizmente é a realidade, mortes vão haver. Ninguém nunca negou que haveria mortes. Nos solidarizamos com as famílias que perdem seus entes queridos, que a grande parte eram pessoas idosas”, disse Bolsonaro após a fala polêmica.
VÍRUS VAI ATINGIR 70% DA POPULAÇÃO
Segundo último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o número de mortos por coronavírus no Brasil chegou a marca de 5.017. Na china, o número de mortos é 4.643.
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Ainda na conversa de ontem, na portaria do Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que “o vírus vai atingir 70% da população”.
O presidente foi questionado sobre uma conversa com o ministro da Saúde, Nelson Teich, sobre a flexibilização do distanciamento social e respondeu que não dá parecer e não obriga o ministro a fazer algo.
Teich deve partir nesta quarta-feira (29) de uma conversa virtual com os Senadores, que querem saber os próximos passos da pasta sobre a pandemia do coronavírus.
Além disso, o ministro da Saúde tem uma reunião marcada em Brasília com Alberto Beltrame, secretário de Saúde do Pará, e Wilames Freire, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.