Câmara convoca suplentes de Mário Takahashi e Rony Alves

Redação
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A Câmara Municipal de Londrina decidiu convocar os suplentes dos vereadores Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB) afastados do cargo por ordem judicial desde quarta-feira (24) após serem detidos durante a operação Zona Residencial 3. A Mesa Executiva do Poder Legislativo se reuniu na manhã desta segunda-feira (29).

Takahashi e Alves são suspeitos de integrar uma organização criminosa que cobrava propina de R$ 1 milhão para aprovar mudanças no zoneamento urbano da cidade.

No lugar de Takahashi, que até então era presidente da Câmara, será chamado o suplente Valdir de Souza, do Sindicato dos Metalúrgicos (Solidariedade). No lugar de Rony Alves, será convocado Douglas Carvalho Pereira (PTB), que atualmente ocupa o cargo de superintendente da Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf). Caso ele se recuse a assumir o cargo, no lugar será convocado Leonilso Jaqueta (PTB).

DECISÃO JUDICIAL

Mário Takahashi e Rony Alves devem ficar afastados dos cargos públicos por até 180 dias, além de serem obrigados a usar uma tornozeleira eletrônica. Antes disso, a procuradoria jurídica da Câmara Municipal disse que os suplentes dos vereadores seriam chamados somente após 120 dias da decisão pelos afastamentos.

Além da convocação dos suplentes, a mesa também suspendeu os salários dos vereadores.

COMISSÃO

Na sexta (26), o vereador Filipe Barros (PRB) pediu abertura de Comissão Processante contra Takahashi e Alves. O vereador afirma que as investigações do Gaeco tornam evidentes as práticas dos colegas, e que eles receberam vantagens indevidas, também favorecendo indevidamente grupos econômicos. As ações, de acordo com o pedido, não são compatíveis com o decoro parlamentar.

A procuradoria jurídica da casa informou que deve entregar um parecer a respeito do pedido até a próxima sexta-feira (02). A partir dessa data, os vereadores afastados terão dez dias para apresentar defesa.

NÃO-REMUNERAÇÃO

A defesa de Rony Alves acusou a Câmara Municipal de descumprir ordem judicial, já que o afastamento judicial foi determinado com remuneração. Já a defesa de Mário Takahashi não vai se pronunciar sobre esse assunto agora.

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