Os deputados federais Alex Canziani (PTB-PR) e Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), ambos eleitos por Londrina, comentaram na manhã desta sexta-feira (19) a crise política que se instalou sobre Brasília desde quarta-feira (17) após a divulgação do conteúdo da delação do dono da JBS, Joesley Batista, que atingem diretamente o presidente Michel Temer e o senador tucano Aécio Neves
Em entrevista à rádio Paiquerê, Canziani disse que os deputados estão perplexos, e que o Brasil deve voltar ao cenário de crise. O parlamentar discordou da possibilidade de eleições diretas, no qual o presidente é eleito pelo voto popular, no caso da renúncia ou cassação do mandato de Temer.
Luiz Carlos Hauly, por sua vez, falou em cautela quanto à situação de Michel Temer, no caso de um processo de impeachment. Segundo o deputado tucano, um cenário desses traria prejuízo ao país, por ser um processo longo. Hauly, assim como Canziani, foi um dos votos favoráveis à cassação do mandato de Dilma Rousseff (PT) no ano passado.
O presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves, também teve conversas embaraçosas divulgadas. No áudio entregue ao STF pelo empresário Joesley Batista, Aécio negocia o pagamento de R$ 2 milhões, que serviriam para pagar advogados na Operação Lava Jato.
Segundo a assessoria do senador, o dinheiro teria sido um empréstimo de Batista, e a relação entre os dois era estritamente pessoal. Porém, para o STF, o valor se tratava do pagamento de propina. A irmã de Aécio, Andrea Neves, e o primo dele, Frederico Pacheco de Medeiros, foram presos pela Polícia Federal em Belo Horizonte, capital de MG.
Leia Mais:
Temer deu aval para compra do silêncio de Eduardo Cunha
Veja a conversa entre Aécio e Joesley Batista