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Carla Zambelli saca arma e corre atrás de homem em São Paulo

Derick Fernandes
Por Derick Fernandes 4 min de leitura
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A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), uma das principais apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro (PL), sacou uma arma e correu atrás de um homem negro, desarmado, na tarde deste sábado (29) no bairro nobre dos Jardins, em São Paulo. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Zambelli disse ter sido hostilizada por “militantes do Lula“. Ela também alegou ter sido empurrada e agredida por essas pessoas.

Vídeos que circulam nas redes mostram a discussão entre Zambelli e o homem na Alameda Lorena, na região onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um ato de encerramento da campanha neste sábado.

Na discussão, Zambelli se desequilibra e cai, e então, passa a correr atrás do homem. Nesse momento, um segurança que acompanhava a deputada e a própria parlamentar sacam armas. Há o som de um disparo, sem no entanto, mostrar quem teria dado o tiro.

O caso acontece nas vésperas do segundo turno da eleição presidencial. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu, em setembro, o transporte de armas por colecionadores, atiradores e caçadores no dia das eleições, e ainda nas 24 horas anteriores e nas 24 horas seguintes ao dia da votação. Conforme a medida, o descumprimento da referida proibição “acarretará em prisão em flagrante por porte ilegal de arma sem prejuízo do crime eleitoral correspondente”.

A deputada bolsonarista divulgou um vídeo em seu perfil no Instagram em que afirmou ter sido hostilizada. Imagens do ocorrido mostram Carla Zambelli e outro homem, do grupo da deputada, armados. Em determinado momento, a parlamentar entra em um bar, enquanto aponta a arma para o homem – é possível ouvir ela gritando para ele ‘deitar no chão’.

— Me empurraram, até me machucaram aqui, me empurraram no chão, me chamaram de filha da puta, de prostituta, mandaram eu tomar no cu, ele me cuspiu várias vezes. Quando ele me empurrou, eu caí, eu saí correndo atrás dele, falei que ia chamar a polícia, que ele tinha que ficar aqui para esperar a polícia chegar. E aí ele se evadiu, eu saquei a arma e saí correndo atrás dele, pedindo para ele parar. Ele ficou com medo, parou dentro de um bar, pedi para ele esperar porque eu ia chamar a polícia e dar flagrante. Ele começou a pedir desculpa. Acabamos de filmar o pedido de desculpas, eu falei: tá bom, você pediu desculpas, pode ir. Ele começou a fazer de novo — relatou a parlamentar ao lado de policiais.

Em um vídeo de quase quatro minutos, a deputada também relata que teve vazado seu número pessoal de telefone, e diz que passou a receber ameaças de morte.

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