CURITIBA, PR – Acontece nesta sexta-feira (06) no Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, a transmissão de cargo do governador Beto Richa (PSDB) à vice-governadora Cida Borghetti (PP). Sendo assim, Cida se torna a primeira mulher a ocupar a chefia do executivo paranaense.
A posse de Cida acontece em momento de profunda crise política no país, com a prisão do ex-presidente Lula e a proximidade das eleições. Ainda a ligação dela com o governador Beto Richa contribui para ampliar sua impopularidade entre os paranaenses, já que o tucano deixa o Palácio Iguaçu imergido em uma série de escândalos e acusações de corrupção.
Cida Borghetti terá como desafio demonstrar seu carisma e potencializar o governo. Ela pretende se candidatar em outubro e permanecer no cargo em 2019, mas precisará ter jogo de cintura para enfrentar reações contrárias à sua administração durante o processo eleitoral próximo.
FAMÍLIA BORGHETTI BARROS
A posse de Cida também eleva o poder da família Barros no Paraná. A governadora é mãe de Maria Victória, deputada estadual pelo Progressistas (PP) e esposa do ex-ministro da Saúde Ricardo Barros, todo poderoso chefe do partido no estado.
ALIANÇA COM RICHA
Para assumir o governo e disputar as eleições, Cida deve favores a Beto Richa. Ele irá aparecer como candidato ao Senado Federal em sua chapa. Com baixíssima popularidade, Richa pode ser um empecilho para os planos de Cida, já que o desgaste político do, em breve ex-governador, pode refletir nos resultados eleitorais em outubro.
Mas ambos estão confiantes com a união e acreditam em uma campanha vencedora. Para isso, Cida pretende mostrar a força seu grupo político, tendo como vitrine a cidade de Maringá, no norte do estado, administrada pelos Barros e hoje uma das melhores cidades do país para se viver.
Mas na disputa pelo governo, Cida Borghetti terá que enfrentar ao menos dois fortes candidatos, que figuram como favoritos no pleito: Ratinho Júnior e Osmar Dias, que pode integrar uma possível aliança com Requião (PMDB).