O deputado estadual Gil Vianna (PSL-RJ) morreu de coronavírus na noite desta terça-feira (19) em um hospital de Campo dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Ele era aliado ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e amigo do senador Flávio Bolsonaro.
Segundo o jornal O Globo, Vianna foi tratado com a cloroquina, medicamento amplamente defendido pelo presidente, e que teve o uso liberado em larga escala pelo Ministério da Saúde, mesmo sem comprovação científica de eficácia, conforme estudos mais recentes.
Gil Vianna era ex-oficial da Polícia Militar e do Exército, e tinha 54 anos. Conforme o colunista Lauro Jardim, o deputado estava recebendo doses da cloroquina seguindo o protocolo de aplicação para casos graves da doença.
No dia da morte de Gil, mais de 1 mil brasileiros e brasileiras morreram por causa da doença. Nesta terça-feira, Bolsonaro também fez piada sobre o uso do medicamento nas redes sociais. “Quem é de direita, toma cloroquina; Quem é de esquerda, toma Tubaína”, disse. Depois de muitas críticas, ele lamentou apenas nesta quarta-feira (20) a morte de tantas pessoas.
EVOLUÇÃO DA DOENÇA
Vianna estava internado desde a semana passada, quando foi diagnosticado com o novo coronavírus. O deputado fluminense fez o teste da doença ainda n Rio e foi internado em um hospital particular em sua cidade natal.
Em Campos dos Goytacazes, o deputado já foi vereador e era pré-candidato à prefeitura municipal. A Assembleia Legislativa do Rio decretou luto oficial e a suspensão das atividades parlamentares por três dias.