Curitiba, PR – Após conversas entre representantes do estado, município e do movimento, o acampamento em protesto contra a prisão do ex-presidente lula, que ficava nas proximidades da Superintendência da Polícia Federal, foi transferido para um terreno privado, a apenas três quarteirões do espaço anterior, segundo a Frente Brasil Popular. O espaço anterior ficava há 10 metros do local onde Lula está detido e, mesmo com a remoção do acampamento, os protestos durante o dia continuarão no entorno.

A mudança ocorreu após a assinatura de um acordo por representantes do PT, CUT, MST, Secretaria Municipal de Defesa Social, Procuradoria do Município, Ministério Público, PM (Polícia Militar), PF e Secretaria de Segurança Pública que vedou expressamente a ocupação de áreas próximas à PF.
No início o acordo firmado previa que o acampamento fosse para o Parque Atuba, que fica a três quilometros do local anterior. A recusa em mudar-se para o parque foi antecipada pela senadora Gleisi Hoffmann pelo twitter, “O acordado pelos organizadores da vigília foi colocar as cozinhas coletivas em um terreno vazio que tem na quadra do acampamento, retirando-as de frente das casas dos moradores. Também parte das barracas dormitórios ficarão em outro terro próximo. Ninguém irá para Atuba”, afirmou pela rede social.
Mesmo com a remoção, quatro tendas estão autorizadas a permanecer no local anterior. Isso se deve à garantia do direito de manifestação, mas a estrutura completa não deve ser retomada. Durante os dias de acampamentos houve o registro de 12 boletins de ocorrência de moradores incomodados com os protestos e a Justiça do Paraná chegou a fixar multa diária de R$500 mil caso a ocupação do local persistisse.
